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06.02.2017 | 10h21 Tamanho do texto A- A+

Congelamento deve valer para todos os Poderes, diz Botelho

Presidente da Assembleia avalia que Executivo, Legislativo e Judiciário devem se sacrificar

André Romeu

O presidente da AL-MT, deputado Eduardo Botelhor (PSB), que defende teto de gastos em todos os Poderes

O presidente da AL-MT, deputado Eduardo Botelhor (PSB), que defende teto de gastos em todos os Poderes

AIRTON MARQUES
DA REDAÇÃO

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), defendeu que os servidores de todos os Poderes do Estado fiquem sem a Revisão Geral Anual (RGA) caso a proposta do teto de gastos estadual seja aprovada no Legislativo.

 

O projeto, que prevê limite para os gastos públicos pelos próximos 10 anos, é uma das prioridades do Governo neste primeiro semestre e deve ser enviado nesta semana para a apreciação dos deputados.

 

“Se a lei do teto for aprovada ‘pega’ todos os Poderes. Não pode haver aumento para ninguém”, disse em entrevista à Rádio Centro América FM, na manhã desta segunda-feira (6).

 

Como deputado, acho que se tiver que fazer um sacrifício, deve ser de todos. Não é justo o funcionário do Executivo não ter e na Assembleia e Judiciário ter aumento

“Como deputado, acho que se tiver que fazer um sacrifício, deve ser de todos. Não é justo o funcionário do Executivo não ter e na Assembleia e Judiciário ter aumento”, completou.

 

Na prática, caso a proposta do Executivo seja aprovada, o orçamento disponível para gastos será o mesmo do ano anterior, apenas acrescido da inflação. A mudança irá valer para Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, a proposta impede reajustes salariais, como os da RGA.

 

De acordo com Botelho, a questão de barrar tal aumento é necessária neste momento. O presidente do Legislativo acredita que, nos próximos anos, a situação financeira do Estado irá se recuperar, permitindo os reajustes.

 

“Daqui a pouco as coisas melhoram e começa haver essa reposição para todos”, declarou.

 

Manifestações

 

Já prevendo manifestações dos servidores públicos estaduais na Assembleia, Botelho disse que espera respeito dos trabalhadores.

 

“Os funcionários podem ir à Assembleia, colocar suas opiniões e discutir com os deputados. Mas tem que haver respeito à opinião diversa. Isso faz parte da democracia. A Assembleia vai estar aberta para discussões, mas com respeito”, disse.

 

“Que seja respeitado o direito dos deputados. Nós vamos respeitar o direito deles vaiarem. Isso faz parte da nossa democracia”, concluiu.

 

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Enoque  07.02.17 08h31
Gente, as vezes nós somos culpados de estarmos passando por essas situações aqui no estado do Mato Grosso. Foi nós que colocamos essas pessoas no poder. Eles não estão lá porque passaram por um concurso como nós passamos. Só resta nós de todo o estado dar o troco a esses políticos no proximo ano. Vamos anotar os nomes desses que estão trabalhando para ferrar o povo mato grossense. Nada de voto. Em especial esse governador que dou nota 1000 pra ele como procurador, ele foi preparado nessa área pra ferrar os outros. Nessa área de ferrar os outros, ele é muito bom. Agora como executivo, dou nota 0. Esse presidente da assembléia também está do lado dele. O primeiro mandato já está se achando. Então gente, tem alguns na assembléia qye está do lado do povo. Esses vamos votar em pesi neles. Agora esses que nós ja sabemos que estão contra nós, vamos dar o troco a eles daqui a pouco. O tempo voa, 2018 está aí.
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Robson  06.02.17 21h09
Alguém explica para aos deputados que os técnicos e os analistas do judiciário ganham quase a metade dos técnicos e analistas do executivo e legislativo, e que o judiciário de Mato Grosso está como o 3° mais baixo salário do país entre os Tribunais do Brasil, sem contar que o custo de vida de quem mora em MT é muito diferente de quem mora em SP, tudo é muito mais custoso aqui, principalmente interiorzão.
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Vanessa dias  06.02.17 18h22
Concordo com os comentários. Mais respeito com os servidores do Executivo, pois RGA é direito constitucional e não reajuste, caro deputado.
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Maria Silva  06.02.17 17h41
Estranho falar em congelamento de salários dos poderes no mesmo dia em que busca criar para si mais uma benesse (criada comissão para analisar a implementação de 13° e abono de férias aos nobres deputados estaduais - portaria 004/2017 da Procuradoria - Diário Eletrônico da Assembleia Legislativa).
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Eduarda Mello  06.02.17 16h25
Alguém explica para o nobre deputado que RGA não é reajuste e sim reposição inflacionária. Se os gastos públicos serão repostos pela inflação, nada mais justo que se reponha a inflação dos salários dos servidores públicos.
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