Cuiabá, Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025
ELEIÇÕES 2024
30.07.2025 | 12h18 Tamanho do texto A- A+

Presidente da CBF é alvo de operação; PF vai à sede da entidade

A suspeita é de prática de crimes eleitorais em Roraima, estado do presidente da entidade

Rafael Ribeiro/CBF

O presidente da CBF, o roraimense Samir Xaud

O presidente da CBF, o roraimense Samir Xaud

DO UOL

O presidente da CBF, Samir Xaud, está entre os alvos de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã a pedido da Justiça Eleitoral de Roraima. Agentes da polícia foram à sede da entidade máxima do futebol brasileiro.

 

A CBF afirmou que recebeu agentes da PF, mas que nada foi levado de sua sede no Rio. Os agentes estiveram nas instalações da Barra da Tijuca por cerca de 30 minutos antes das 7h (de Brasília).

 

A entidade também disse em nota que não tem relação com a operação e que Samir Xaud "não é o centro das apurações". A CBF acrescentou que ainda não recebeu informações oficiais sobre o objeto da investigação.

 

Hoje, a PF deflagrou a Operação Caixa Preta por suspeita de prática de crimes eleitorais em Roraima, estado de Samir Xaud. A investigação começou após apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das últimas eleições municipais. Os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão em Roraima e no Rio de Janeiro, e os investigados tiveram mais de R$ 10 milhões de bloqueados de suas contas.

 

A apreensão dos R$ 500 mil mencionada pela PF envolveu a detenção do empresário Renildo Lima. Ele é marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), que faz parte do mesmo grupo político de Samir Xaud. A Asatur é uma empresa de transporte que já patrocinou o Campeonato Roraimense.

 

Antes de virar presidente da CBF, Xaud foi ligado à FRF (Federação Roraimense de Futebol). O pai de Samir comandou a federação por quatro décadas, e o filho foi eleito para ser o sucessor no estado poucos meses antes de ser lançado candidato na entidade nacional.

 

Em 2022, ele se candidatou a deputado federal pelo MDB, mas não se elegeu. Samir Xaud recebeu 4.816 votos na ocasião (1,65% do total em Roraima) e terminou o pleito na condição de suplente. Naquele mesmo ano, recebeu uma intimação de um procedimento movido pelo Tribunal de Contas de Roraima, que se desenvolveu e virou ação no TJ-RR por improbidade administrativa, de quando foi diretor geral do Hospital Geral de Roraima, em 2018. O caso ainda está em tramitação, e a defesa dele alega inocência.

 

O UOL entrou em contato com a PF pedindo mais detalhes da operação. A Polícia Federal respondeu que as informações estão restritas à nota oficial e que "não confirma nem divulga nomes de eventuais investigados".

 

Confira a nota da CBF na íntegra:

 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.

 

É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações.

 

A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

 

Confira a nota da PF:

 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30/7), a Operação Caixa Preta, com o objetivo de investigar suspeita da prática de crimes eleitorais em Roraima. A investigação teve início após a apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das eleições municipais.

 

Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão nos estados de Roraima e Rio de Janeiro, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

 

 

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