O representante dos permissionários do antigo Mercado Municipal Miguel Sutil, Sebastião Freitas de Paulo, afirmou que a empresa CS Mobi pretende cobrar deles uma taxa de R$ 500 o metro quadrado, somada ao valor do aluguel do espaço o novo.
A denúncia foi feita na oitiva da CPI que investiga o contrato entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa.
Segundo ele, esse valor inviabilizaria o retorno dos permissionários antigos ao novo espaço.
“Eles querem cobrar uma ‘luva’ de R$ 500 o metro quadrado, somada ao aluguel de R$ 90 a R$ 110 o metro quadrado, mais R$ 80 [o metro quadrado] de condomínio e mais uma taxa de premiação. Então, seria impossível a gente voltar”, disse.
Com esses valores, para ter um box de 100 metros quadrados no novo mercado, cada um teria que desembolsar cerca de R$ 18 mil por mês, quantia inviável para o grupo. Atualmente, durante as obras do local, a CS Mobi paga um “auxílio-aluguel” de R$ 35 por metro quadrado — ou seja, bancas de 100 metros quadrado recebem R$ 3,5 mil.
Essa taxa, chamada de ‘luva’, designa uma quantia cobrada pelo locador além do valor do aluguel e de taxas locatícias, para reserva do imóvel ou preferência dele em relação a outros locadores.
O contrato, fechado na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), tem uma série de falhas e termos que só tornaram públicos após o prefeito Abilio Brunini (PL) assumir a gestão.
Os permissionários reclamam que, apesar de ter sido prometido tratamento diferenciado a eles no novo mercado, agora a empresa quer cobrar um valor de aluguel acima do que conseguiriam pagar.
“Nas reuniões antes de sairmos do mercado municipal, disseram que teríamos tratamento diferenciado e direito de escolher o espaço. Agora, querem jogar a gente para os corredores”.
“A partir do momento que fui chamado para conversar sobre valores, fiquei bem triste com a situação, porque são valores absurdos. Acho bem difícil a gente conseguir voltar, eles querem mesmo nos excluir”, encerrou Sebastião.
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
0 Comentário(s).
|