Cuiabá, Quinta-Feira, 7 de Agosto de 2025
SUPOSTA PRESSÃO
02.12.2019 | 16h08 Tamanho do texto A- A+

Delegado confirma saída da Defaz, mas não fala sobre Emanuel

Diretor-geral da PJC, no entanto, diz que transferência se deu porque Delegacia perderá atribuições

MidiaNews

O delegado Lindomar Tofoli, que irá deixar a Defaz

O delegado Lindomar Tofoli, que irá deixar a Defaz

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O delegado Lindomar Tofoli foi transferido da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz). Segundo ele, a decisão foi tomada na semana passada pela diretoria da Polícia Civil.

 

Tofoli foi citado pelo prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), nesta segunda-feira (02), como um dos dois delegados que teriam recebido a incumbência de "incriminá-lo", com base em um boletim de ocorrência feito pela servidora da Saúde municipal Elizabete Maria de Almeida, junto à Delegacia Fazendária.

 

Segundo relatou o prefeito, o outro delegado seria Anderson Veiga.

 

Questionado sobre o assunto, Tofoli apenas afirmou que para incriminar é necessário ter provas, mas que não estava responsável pelo caso.

 

Estou saindo da Delegacia por determinação da Diretoria. Denúncias sempre existem. Para incriminar tem que ter provas

“Estou saindo da Delegacia por determinação da Diretoria. Denúncias sempre existem. Para incriminar tem que ter provas. Não sou eu que estou com o caso. Prefiro, neste momento, ficar quieto”, disse ao MidiaNews.

 

Tofoli afirmou, ainda, não saber se o seu afastamento está relacionado ao episódio.

 

Segundo Emanuel, os delegados não teriam visto base sólida nas acusações da servidora, e teriam se posicionado por sequer iniciar a investigação.

 

Diante disso, como represália, a cúpula da Polícia Civil teria sinalizado que iria repreendê-los administrativamente.

 

“Não sei ao certo ainda. Ao pegar minha portaria vou verificar isso documentalmente. Só tomei conhecimento verbalmente. Se for intimado para alguma coisa irei me manifestar. No momento, prefiro ficar quieto”, resumiu.


Reconfiguração

 

Também ao MidiaNews, o diretor-geral da Policia Civil, Mário Dermeval, afirmou que está havendo uma reconfiguração da Defaz após a criação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).

 

“Não há afastamento. A Defaz está sendo reconfigurada. Por ter diminuído em cerca de 70% de suas atribuições, ficarão só dois delegados lá”, resumiu.

 

Entenda o caso

 

O prefeito protocolou nesta segunda-feira (2), na Assembleia Legislativa, um pedido para que seja investigada uma suposta tentativa de articulação, feita na Polícia Judiciária Civil, para lhe prejudicar.

 

Segundo apurou a reportagem, o prefeito entregou um documento aos deputados Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB), relatando que dois delegados teriam recebido a incumbência de "incriminá-lo", com base em um boletim de ocorrência feito pela servidora da Saúde municipal Elizabete Maria de Almeida, junto à Delegacia Fazendária.

 

No B.O., a servidora disse ter presenciado Emanuel pagando suposta propina a vereadores de Cuiabá para cassarem o mandato do colega Abílio Júnior (PSC).

 

O episódio teria acontecido no último dia 21, durante um jantar na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante).

 

De acordo com informações que chegaram ao conhecimento de Emanuel, os dois delegados teriam sido expressamente orientados a lhe "detonarem".

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Emanuel denuncia suposto uso da Defaz para perseguição política

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COMENTÁRIOS
2 Comentário(s).

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Joana  03.12.19 11h24
Esse Delegado é MARAVILHOSO. Não troco ele por político nenhum. Um pena sair, pois ali fazia diferença. Diretoria da polícia está beeeeeeeeeeeem politizada
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Mauro  02.12.19 17h08
Governador Mauro Mendes, votei no senhor, inclusive por acreditar na sua honestidade para com seu adversário.
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