O ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral (PT) afirmou que os depoimentos relativos à Operação Sodoma 5, deflagrada na manhã desta terça-feira (14), pela Delegacia Fazendária (Defaz), não o envolvem em nenhum tipo de crime.
O petista foi alvo de busca e apreensão e também conduzido coercitivamente para prestar depoimento à Defaz nesta manhã, após investigações apontarem que um esquema de fraudes no Governo Silval Barbosa (PMDB) teria saldado R$ 1,7 milhão em dívidas de sua campanha eleitoral, em 2012.
“É importante esclarecer que eu vim depor não na condição de investigado, mas na condição técnica que eles chamam de informante. Todos os depoimentos não me envolvem em nenhum tipo de crime”, disse Lúdio, após ser ouvido por delegados da Defaz.
“Me interrogaram em relação àquilo que constou de um dos depoimentos de que R$ 1,7 milhão teria sido utilizado para pagar dívidas da minha campanha. Mas nenhum dos depoentes cita meu nome na condição de envolvido ou participante de qualquer tipo de esquema”, afirmou o ex-vereador.
Lúdio disse que o montante citado nas investigações sequer tem “lógica”.
“Sobre esse R$ 1,7 milhão, eu estava até calculando quantos litros de combustível seriam esse montante. Isso dá mais de 500 mil litros. Não tem lógica o fornecimento desse volume de combustível em uma campanha eleitoral”, disse.
PT assumiu débitos
O ex-vereador também afirmou que os débitos de sua campanha eleitoral foram saldados, em 2013, pela direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo ele, ao final do pleito eleitoral, foram constatados R$ 2,3 milhões de débitos com todos os fornecedores, inclusive com combustíveis.
“Assim que a campanha foi concluída, levantamos toda a dívida, contactamos todos os credores e a dívida foi assumida pelo diretório nacional do PT. Este é, inclusive, um procedimento exigido pela Justiça Eleitoral”, disse Lúdio.
“Esses pagamentos foram todos feitos com recursos oriundos do diretório nacional do PT. Isso está tudo documentado, inclusive consta na prestação de contas”, afirmou.
Aliança
Questionado sobre a possibilidade de o ex-governador Silval Barbosa ter utilizado sua campanha eleitoral para realizar movimentações ilícitas, Lúdio preferiu não polemizar.
“Não sei e não posso fazer esse tipo de suposição, porque a campanha eleitoral não tinha relação nenhuma com o Governo. Eu, na condição de candidato, na condição de servidor público de carreira, nunca exerci nenhum tipo de cargo no Poder Executivo, portanto, não tenho como falar sobre nada relacionado a qualquer movimento nesse sentido”.
Lúdio também disse não ter se arrependido da aliança feita no passado com o PMDB e o ex-governador Silval.
Segundo ele, a “dobradinha PT x PMDB” em Cuiabá seguiu uma movimentação da aliança formada nacionalmente entre os partidos.
“Não posso falar em erro na aliança. Não cabe essa leitura agora. Foi um momento político. Havia uma aliança nacional entre o PT e o PMDB. Fui candidato a prefeito da Capital, com apoio do PMDB e o governador era do PMDB”, disse.
“Não havia nenhum tipo de acusação contra o governador até aquele momento. Foi uma aliança celebrada pela direção nacional do PT. Eu, na condição de candidato, respeitei essa aliança política”, concluiu.
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3 Comentário(s).
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Cuiabano 14.02.17 20h36 |
Cuiabano, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
Roberto Moreira da Silva 14.02.17 18h59 | ||||
Cabe sim com muita facilidade esse volume de 500 mil litros, pois vamos lá então: na época que vc foi candidato a prefeito, a eleição dura 3 meses, que durava 12 semanas. Se vc pegar 500.000 dividir por 12 semana e depois dividir por uns 200 candidatos, isso dará uma média de 200 litros por semana para cada candidato, que não é nada para uma candidatura a vereador em Cuiabá | ||||
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Robélio Orbe 14.02.17 17h58 | ||||
Santo do pau oco. | ||||
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