Cuiabá, Segunda-Feira, 22 de Dezembro de 2025
SUCESSÃO NO PAIAGUÁS; VÍDEOS
22.12.2025 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Diego: "Pivetta é o melhor nome e população terá essa consciência"

Deputado disse que parte da população passará a conhecer o vice-governador a partir da pré-campanha

Victor Ostetti/MidiaNews

O deputado estadual Diego Guimarães, que falou sobre a sucessão ao Palácio Paiguás

O deputado estadual Diego Guimarães, que falou sobre a sucessão ao Palácio Paiguás

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) minimizou as críticas ao perfil mais reservado do vice-governador Otaviano Pivetta e afirmou que, em sua avaliação, ele é o melhor nome para disputar o Governo de Mato Grosso em 2026.

 

Eu sempre digo que quem conhece o Pivetta vota no Pivetta

Em entrevista ao MidiaNews, Diego disse acreditar que o desconhecimento de Pivetta por parte da população será superado à medida que ele se aproxime dos eleitores durante o período de pré-campanha.

 

“Eu não tenho dúvida de que, quando a população parar para analisar os nomes que estão postos para o Estado de Mato Grosso, terá consciência de que o melhor nome é Otaviano Pivetta”, afirmou.

 

O deputado também analisou o cenário político da sucessão ao Palácio Paiaguás e disse acreditar que o senador Wellington Fagundes (PL) ainda pode recuar da pré-candidatura, para que a direita permaneça unida na eleição.

 

Confira os principais trechos da entrevista:

 

MidiaNews – Deputado, algumas lideranças têm criticado o perfil de Otaviano Pivetta, alegando que ele é uma figura política distante da população e que isso pode prejudicá-lo na eleição de 2026. O senhor acredita que falta essa disposição do vice-governador para estar mais próximo dos eleitores?

 

Diego Guimarães – Eu sempre digo que quem conhece o Pivetta vota no Pivetta. Acho que essa será a máxima da eleição de 2026.

 

O Pivetta ainda é muito desconhecido. Quem o conhece está mais inserido no meio político, participando desse universo que é pequeno e do qual a população em geral não faz parte.

 

A população está preocupada em pagar as contas de casa, pegar o carro, a moto ou o ônibus para trabalhar, sustentar a família e tentar fechar o mês. As pessoas não passam o dia inteiro lendo notícias ou acompanhando o que acontece na política.

 

Mas vai chegar o momento, em 2026, durante a pré-campanha e a campanha, em que a população vai parar e se perguntar: “Espera aí, quem são os candidatos?”. Há ainda o fato de o Pivetta assumir o governo em abril de 2026, caso o governador Mauro Mendes confirme sua pré-candidatura ao Senado.

 

Esse será o momento de a população conhecê-lo melhor, ouvir sua história, suas habilidades, suas potencialidades, o que ele já realizou como homem público e quais são suas credenciais. O currículo vai falar muito alto. E eu repito: quem conhece o Pivetta vota no Pivetta.

 

Quanto mais a população o conhece, mais terá certeza de que ele é o melhor nome para dar continuidade ao trabalho de transformação, de mudança e de resgate do Estado de Mato Grosso que ele e o Mauro realizaram nesses sete ou oito anos.

 

Essa discussão sobre dificuldade de crescimento agora não reflete a realidade. A população não está preocupada com a política do ano que vem. Está preocupada em comer, beber, viver e dormir. Essa é a verdade. A política é uma bolha em que vivem políticos, imprensa, servidores públicos mais próximos dos Poderes, prefeitos. A população não vive essa bolha.

 

 

No momento em que a população parar para analisar, não tenho dúvida de que, entre os nomes colocados, o melhor para Mato Grosso é Otaviano Pivetta.

 

 

 

MidiaNews – O senhor mencionou que haverá um período em que a população voltará os olhos para a eleição, mas não fica um pouco tarde para começar a se mostrar?

 

 

Diego Guimarães – Pelo contrário. Acho que a disputa eleitoral de 2026 começou cedo demais. Não está em cima, não. Na verdade, o processo e a disputa, com a colocação dos nomes, foram antecipados. O senador Wellington Fagundes se colocou como pré-candidato muito cedo, o que acabou obrigando a colocação do nome de Otaviano Pivetta do outro lado, também de forma precoce.

Victor Ostetti/MidiaNews

Diego Guimarães

O deputado Diego Guimarães defendeu que a direita fique unida tanto no Estado quanto na disputa nacional

 

Estamos ainda a cerca de 10 ou 11 meses da eleição, o que é bastante tempo. Com a velocidade da informação hoje, por meio das redes sociais, dos sites e do horário eleitoral, há tempo mais do que suficiente para que a população conheça os candidatos e faça sua escolha. Já vimos candidatos saírem de 2% ou 3% e ganharem a eleição.

 

A disputa deve ser, possivelmente, de dois turnos. Então, num primeiro momento, o mais importante é apresentar o candidato.

 

Não está tarde. Na verdade, está cedo para esse debate eleitoral. Quem está no mandato, como eu, o Otaviano, o Mauro e o Wellington, precisa se preocupar com as entregas do mandato.

 

MidiaNews – O senhor é um político de direita e apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro, que recentemente oficializou, por meio de seus porta-vozes, o senador Wellington Fagundes como pré-candidato do PL ao Governo do Estado. O senhor vê essa decisão como equivocada?

 

Diego Guimarães – O anúncio que vi foi do Valdemar Costa Neto, presidente do PL, declarando apoio ao Wellington. Obviamente, o Bolsonaro é do PL e, se confirmar esse apoio, precisamos respeitar. Nada impede que existam duas candidaturas de direita no Estado.

 

O Republicanos é um partido de primeira ordem no apoio ao ex-presidente Bolsonaro. Participou do governo federal e continua alinhado, inclusive com manifestações públicas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é a principal liderança do partido.

 

O Otaviano será candidato pelo Republicanos e, certamente, o respeito à sua candidatura por parte do Bolsonaro e também das lideranças do PL deve acontecer. Cada partido, dentro do seu grupo político, tem liberdade para lançar e defender suas candidaturas, sempre com base no respeito.

 

 

A direita não é exclusividade de um partido nem de um candidato, seja para deputado, seja para governador.

 

 

 

MidiaNews – Para o senhor, existe hoje um racha na direita?

 

Se não houver união, principalmente no plano nacional, vamos perder a eleição

Diego Guimarães – Esse é um grande problema que a direita vive. Parece que alguns têm medo de perder a sua “reserva de votos”. Surge esse discurso: “Ah, porque fulano não se manifestou sobre isso. Será que ele é de direita?”. Na esquerda, a gente não vê esse tipo de comportamento.

 

Isso é um erro da direita. Parece que há uma tentativa constante de segregar ainda mais o campo, como se cada um quisesse garantir a sua fatia do mercado eleitoral. “Eu sou mais de direita do que fulano. Eu falei, ele não falou”.

 

Há pautas nacionais sobre as quais eu, como deputado estadual, às vezes nem me posiciono — não por falta de vontade, mas por não ter domínio do tema. Eu não vou ficar gravando vídeo só para dizer que sou de direita.

 

São meus votos, meus posicionamentos, meus apoios e, principalmente, minhas atitudes que vão dizer se sou de direita ou não. O que vemos, às vezes, dentro da própria direita, é uma tentativa incessante de racha. Isso é um erro.

 

Se não houver união, principalmente no plano nacional, vamos perder a eleição. E isso não pode acontecer. Será um retrocesso para o Brasil ter que aguentar mais oito anos de Lula. O país não pode permitir isso. Seja em torno do nome de Flávio Bolsonaro, seja do nome de Tarcísio de Freitas — ainda não sabemos qual será o candidato.

 

 

Cada partido tem apresentado suas armas e, ao final, espero que essas armas se unam para combater o verdadeiro adversário. O inimigo não está dentro da direita; o inimigo está na esquerda, com o presidente Lula.

 

 

 

MidiaNews – O senhor acredita que o senador Wellington Fagundes pode recuar da disputa?

 

Diego Guimarães – O apoio revelado pelo PL, garantindo a pré-candidatura do Wellington, é um recorte do momento. Até a convenção, muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte. Pode haver um entendimento até lá. Acredito que o Wellington ainda tenha espaço para recuar mais adiante.

 

Ele pode vir a apoiar o Otaviano, entendendo que o momento é do Otaviano e que, para um projeto nacional, isso seria, inclusive, uma atitude de grandeza. A direita de Mato Grosso precisa estar unida em torno de uma candidatura ao Governo, e o melhor nome, o mais preparado para o momento, é o Otaviano.

 

O Wellington ainda tem mais quatro anos de mandato como senador e pode continuar defendendo a direita no Senado. Há, inclusive, o risco de se abrir uma lacuna e o Estado perder um senador que defende a direita no Congresso Nacional.

 

 

Portanto, acredito que, neste momento, ambas as pré-candidaturas seguem de pé, mas, no longo prazo, ainda é possível caminhar juntos, desde que haja esse recuo por parte do Wellington.

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