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27.01.2023 | 09h00 Tamanho do texto A- A+

Dilmar se articula, causa mal estar e acaba sem cargo na Mesa

Líder do governo tentou ocupar cargo na Mesa, mas teria “pedido demais” e ficou sem espaço

Divugação/ALMT

Os deputados Max Russi, Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco

Os deputados Max Russi, Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Dilmar Dal'Bosco (União) tentou nas ultimas semanas se articular para ter um cargo de destaque na nova Mesa Diretora em uma eventual chapa do deputado Max Russi (PSB). A movimentação criou um mal estar nos bastidores da Casa de Leis.

 

A Mesa Diretora é responsável por gerir a Assembleia, que tem um orçamento superior a R$ 600 milhões. A eleição da nova Mesa está marcada para 1º de fevereiro e os deputados eleitos comandam a casa no biênio 2023-2024.

 

A tentativa não foi bem vista pelo deputado Eduardo Botelho (União Brasil), já que ambos são do mesmo partido. Dilmar acabou sem ocupar nenhum cargo na única chapa que será apresentada e homologada nos próximos dias.

 

Conforme apurou a reportagem, em meados de dezembro passado, Max - que pretendia concorrer à presidência do Legislativo – contava com o auxílio de Dilmar para cooptar votos dos aliados de Botelho. À época, Botelho teria apoio de 14 parlamentares e Max apenas 10. 

 

A reportagem apurou que Dilmar teria argumentado que goza de prestígio dentro do Legislativo por ser líder do Governo Mauro Mendes e conseguiria levar ao menos dois aliados de Botelho para o grupo de Max, o que poderia acirrar a disputa.

 

Com a articulação, ainda conforme a reportagem apurou, ele pretendia ocupar a primeira-secretaria em uma provável dobradinha com Max. Este cargo é o que lida especificamente com as finanças da Assembleia.

 

A pretensão, no entanto, naufragou. Tanto Botelho quanto Max entenderam que a cisão no atual comando da Casa seria prejudicial ao Legislativo e também para projetos futuros de ambos. Desta forma, decidiram se unir e manter uma única chapa, com Botelho presidente e Max primeiro-secretário.

 

Deste modo, informou uma fonte do MidiaNews, Dilmar voltou à estaca zero, mas tentou possíveis acordos com a composição Botelho-Max. E uma delas foi a garantia de que poderia ser um dos indicados da Assembleia para uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE). O pedido, porém, não foi aceito.

 

Descontentamento 

 

As movimentações de Dilmar contra a chapa de Botelho se deu, sobretudo, por um descontentamento dele com a aprovação de um projeto que limitou os poderes do parlamentar dentro do Legislativo.

 

O texto, aprovado no ano passado, determinou que quem é líder do Governo não poderá exercer cargos dentro das comissões permanentes da Casa. Dilmar era presidente da principal comissão, a de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). 

 

O projeto deixou Dilmar na bronca com Botelho e com a vice-presidente da Casa, deputada Janaina Riva (MDB).

 

Principais cargos

 

Os principais cargos da Mesa serão ocupados pelos mesmo parlamentares que já comandam a Casa, sendo: Botelho presidente, Max Russi primeiro-secretário e Janaina Riva vice-presidente.

 

Agora, terão que ser preenchidos os cargos de segundo-vice-presidente, segundo-secretário, terceiro-secretário e quarto-secretário. Em um acordo, ficou definido que esses cargos serão preenchidos pelas siglas que têm maior representatividade na Assembleia.

 

A chapa completa deve ser homologada na presidência do Legislativo até às 18h da próxima segunda-feira (30). A eleição ocorre na manhã de quarta-feira (1º), quando toma posse os deputados da 20º legislatura.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Botelho cita apoio de 14 e diz: “Não aceitamos quem faz jogo duplo”

 

Botelho e Max se reúnem com aliados; siglas devem indicar cargos

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Graci Miranda  27.01.23 16h57
QUATRO ANOS DE MANDATOS Á BASE DE "articulações"? chega de mordomias para uns que só dizem sim? Quem só diz "sim...senhor? "ganha cargos? Democracia: comunicações.
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