Em "batida", políticos atestam falta de remédio e UTI sem uso

O deputado federal Abílio Junior (PL) e os vereadores Dilemário Alencar (Podemos), Maysa Leão (Republicanos) e Demilson Nogueira fizeram uma vistoria, nesta segunda-feira (27), no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

Sempre as velhas desculpas, que o contrato com a empresa encerrou. O povo não quer saber disso

Segundo Dilemário, durante a “batida” no HMC ficou comprovada a escassez de medicamentos na unidade, que é a principal em atendimento público em todo o Estado. Outro problema relatado foi o abandono das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Infantis.

“O mais grave que a gente viu foi na questão dos almoxarifados, ou seja na farmácia do HMC, muita falta de remédios. Nós tiramos fotos dos locais em que está escrito medicamentos, mas não estão lá”, detalhou.

“O que mais doeu o coração foi ver por volta de 9 a 10 UTIs infantis sem uso. Todas novas, todas equipadas para atender crianças, mas não estão funcionando”, relatou.

O vereador, que costuma fiscalizar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Cuiabá, afirmou que constantemente flagra criança com seus país aguardando um leito para serem internadas.

Em contrapartida, o HMC não disponibiliza os leitos, segundo ele, por questões contratuais com a empresa.

“Sempre as velhas desculpas, que o contrato com a empresa encerrou. O povo não quer saber disso. O povo quer saber se o recurso da Saúde, que é mais de R$ 1,3 bilhão por ano, está funcionando”, criticou.

Agora, com as informações recolhidas na unidade de saúde, o vereador afirmou que as provas serão encaminhadas ao Ministério Público Estadual (MPE).

A expectativa, segundo Dilemário, é que os registros possam ser anexados no processo que corre no Tribunal de Justiça, que avalia a retomada da intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá.

“Se possível vamos solicitar ao MPE adensar para o processo que está correndo no TJ sobre a intervenção. Porque cada dia que nós vamos a uma unidade de saúde o caos está identificado”, finalizou.

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