Cuiabá, Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2025
“EXCEÇÃO”
19.01.2023 | 08h00 Tamanho do texto A- A+

Em MT, candidato a presidente do Senado critica decisões do STF

Senador veio a Mato Grosso, na terça-feira (17), articular votos dos parlamentares do Estado

José Cruz/ Agência Brasil

O ex-ministro Rogério Marinho, que é candidato a presidência do Senado

O ex-ministro Rogério Marinho, que é candidato a presidência do Senado

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Em visita a Cuiabá, o candidato a presidente do Senado, Rogério Marinho (PL/RN), criticou a postura do atual chefe do Poder, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), diante das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

O ex-ministro de Jair Bolsonaro se lançou à presidência do Senado e veio a Mato Grosso, na terça-feira (17), articular votos dos senadores do Estado. Ele concorrerá contra Pacheco.

 

À imprensa, Marinho usou como exemplo das críticas a abertura do chamado inquérito das fake news por parte do ministro Alexandre de Moraes. 

 

Para ele, as decisões de Moraes, hora ou outra, foram apoiadas e homologadas pelos ministros da Suprema Corte e por isso o Senado Federal deve abrir um dialogo maior com o Judiciário.

 

Não podemos, por exemplo, viver em um estado de exceção em função de um inquérito que foi aberto de ofício

“O debate precisa ser de instituição para instituição. O Senado não pode se omitir. Não podemos, por exemplo, viver em um estado de exceção em função de um inquérito que foi aberto de ofício - o que inclusive não é usual no nosso sistema jurídico - e perdure há mais de quatro anos”, disse o candidato.

 

Para ele, as decisões fazem com que congressistas se sintam “amordaçados” para expressar suas opiniões nas redes sociais.

 

“Inclusive, tem tido algumas sequelas [ações do STF]. Parlamentares estão sofrendo censura prévia, estão amordaçados, não podem se expressar nas redes sociais, não podem falar e exercer na plenitude seus respectivos mandatos”. 

 

“A constituição determina a inviolabilidade dos mandatos, o livre arbítrio, a liberdade e são valores que precisam ser resgatados. Por isso, falo sempre que um dos deveres mais importantes da nova presidência do Senado é esse dialogo institucional e o reestabelecimento da normalidade democrática do país”, emendou.

 

Diálogo com senadores

 

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Marinho se colocou como candidato ao comando do Congresso como oposição ao Governo Lula (PT). 

 

Ele justifica que a oposição ao atual governo, em uma eventual vitória na eleição, poderá ser “saudável” às instituições democraticas.

 

“O Senado da República é uma instituição que deve ter independência.  [...] Evidente que o fato do presidente do Congresso Nacional ter uma postura diferente do presidente da República não significa que seja um óbice para que ele possa eventualmente ocupar esse cargo. Ao contrário, pode ser uma contraposição saudável dentro das instituições democráticas”, disse.

 

Aliados de seu opositor, o senador Rodrigo Pacheco, garantem que o atual presidente conta com cerca de 60 votos para a reeleição. Para ser eleito, o candidato precisa de 41.

 

No Estado, Marinho já tem apoio do senador Wellington Fagundes (PL), mas trabalha pelos votos de Jayme Campos (União) e Margareth Buzzeti (PSD). Esta última percente ao mesmo partido de Pacheco.

 

“Vamos continuar conversar com senador Jayme, o ministro Carlos Fávaro [senador afastado], procurar sua suplente a Margareth, dentro do papel de que qualquer candidato precisa fazer. [...] O país passa por um momento de transição e mais do que nunca é necessária a altivez, envergadura e consistência do Senado da Republica, que sempre foi a casa da moderação da transigência e da negociação”, disse.

 

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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Jandira  19.01.23 17h21
Os "tribunais" no Brasil perderam a credibilidade. Estão no nível dos políticos, cujas palavras se perdem ao vento.
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MarcioCampos  19.01.23 16h55
MarcioCampos, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
VANDERLEI  19.01.23 13h38
SE CONTINUAR DO JEITO QUE ESTA NAO PRECISA MAIS DO CONGRESSO ENTREGA NA MAO DO XANDE!!!
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Diego Brito   19.01.23 09h49
O cidadão acima acho que devido apoiar o atual presidente eleito de uma forma bem diferente aí habitual c várias ajudas está colocando a emoção frente a razão , pelo visto vc não entende muito de lei né ... inclusive o seu presidente foi solto pq 2º o magnânimo pleito do STF alega não ter tido o transito em julgado , prender várias pessoas inocentes a maioria só pq n aceita o resultado da urna que o ministro( acusador juiz vítima promotor e testemunhas censurador boicotados ) é inadmissível e em qualquer país democrático... se teu senso de falta de caráter não dispõe a entender ... joguei meu tempo fora aqui abraços
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Luciana  19.01.23 08h44
Estado de exceção é ameaçar constantemente o STF e o Congresso Nacional,tentar golpe de Estado,politizar as Forças Armadas para virar braço político de Governo e outras atrocidades políticas e institucional feitas pelo governo que o senador serviu há pouco tempo!!!
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