Cuiabá, Terça-Feira, 21 de Outubro de 2025
PROBLEMA DE DÉCADAS
21.10.2025 | 09h00 Tamanho do texto A- A+

Flávia cita estiagem e decreta calamidade por falta de água em VG

Ela negou "abandono" e diz que medida visa acelerar ações de modernização da rede de abastecimento

Victor Ostetti/MidiaNews

A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, que assinou o decreto de calamidade no município

A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, que assinou o decreto de calamidade no município

DA REDAÇÃO

A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL) publicou nesta terça-feira (21) um decreto que declara estado de calamidade pública em razão da crise e escassez no abastecimento de água potável. Segundo ela, a situação foi agravada pelo período prolongado de estiagem que atinge a região.

 

O estado de calamidade não significa descuido, muito menos abandono. Pelo contrário: é uma ferramenta que nos dá condições de atuar com mais rapidez

O documento destaca que a decisão foi tomada diante da redução drástica na captação de água e da necessidade urgente de manutenção e modernização das redes de abastecimento, muitas delas antigas e sobrecarregadas.

 

O decreto tem como principal objetivo agilizar a adoção de medidas emergenciais que garantam o fornecimento mínimo e regular de água à população, especialmente nos bairros mais afetados pela falta do recurso.

 

De acordo com o presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), coronel Zilmar Dias, o decreto é uma medida técnica e necessária para permitir que a autarquia possa agir com mais agilidade diante da situação.

 

“O estado de calamidade não significa descuido, muito menos abandono. Pelo contrário: é uma ferramenta que nos dá condições de atuar com mais rapidez, buscando soluções emergenciais para garantir que a população continue sendo atendida”, afirmou.

 

O DAE-VG reforçou que todas as suas equipes técnicas seguem trabalhando incansavelmente, em regime de plantão, para minimizar os impactos da crise e garantir o abastecimento, mesmo que de forma intermitente, até a completa normalização do sistema.

 

Entre os principais desafios enfrentados está a situação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Cristo Rei, localizada na Avenida 31 de Março, uma das unidades mais importantes do município. A ETA passa por constantes manutenções nos filtros de tratamento, que apresentam sensibilidade à turbidez da água captada, o que interfere diretamente na produção e distribuição.

 

Além disso, a falta de interligação entre as ETAs de Várzea Grande dificulta o remanejamento de água tratada entre regiões, o que torna ainda mais complexa a gestão do sistema durante o período de estiagem.

 

“Sabemos das dificuldades enfrentadas pelos moradores e compreendemos a angústia de quem está sendo afetado. Por isso, nossas equipes não têm medido esforços. Seguiremos firmes, com responsabilidade e comprometimento, até superar essa crise e garantir um abastecimento mais eficiente e seguro para todos”, disse o presidente do DAE-VG.

 

O decreto tem validade de 180 dias, podendo ser prorrogado conforme relatório técnico e avaliação do Comitê de Gestão de Calamidade Pública.

 

Mesmo diante da calamidade, o DAE-VG pediu a compreensão e colaboração da população, reforçando a importância do uso consciente da água e a confiança de que as ações em andamento trarão resultados concretos para o município.

 

“Este é um momento de união e responsabilidade coletiva. Estamos trabalhando dia e noite para restabelecer a normalidade o quanto antes”, afirmou.

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3 Comentário(s).

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Luzinete Carvalho  21.10.25 11h31
Faz dois anos que mudei para Várzea Grande e ate hoje passamos por falta d'água.
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Joaquim  21.10.25 10h36
Penso que a Prefeita deverá trocar servidores do DAE, pois fiz várias denúncia de desperdício, vazamento de água ao DAE, mas infeliz os servidores até o momento não tomaram providencia, ou seja não resolveram. É fácil culpar gestão anterior e na atualidade como está? Inclusive não é só desperdício de água, mas também a danificação que causa no asfalto.
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Paulo   21.10.25 10h27
Até agora, só piorou. Na minha rua vinda dia sim, dia não; agora, de vez enquando tá faltando água.
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