Gabinete e Apartamento funcional de Clodovil poderão ser pontos turísticos

O gabinete e/ou o apartamento funcional do deputado Clodovil Hernandes (PR/SP), em Brasília poderão ser transformados em pontos turístico da Câmara dos Deputados. A proposta é do deputado Wellington Fagundes (PR/MT), que encaminhou nesta quarta feira (18) o pedido ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB/SP). A intenção é homenagear o parlamentar falecido vítima de acidente cardiovascular na tarde da última terça feira (17). Para tanto, a sugestão é que os ambientes não sejam ocupados por outro parlamentar.

O argumento de Fagundes é que Clodovil sempre foi um homem polêmico tanto na carreira do Parlamentar como na artística. “Ele foi o terceiro deputado mais votado do estado de São Paulo. Ao assumir o cago como deputado, declarou que Brasília não seria mais a mesma. Seu gabinete e apartamento transformaram-se em ambientes de luxo, ornados com obras de arte e móveis caros e de bom gosto, que em nada lembra os demais gabinetes, que têm decorações simples”, esclarece.

Segundo Wellington, há alguns meses seu colega repúblicano havia declarado que estaria preparando o roteiro de um filme para contar a história de sua vida. “A intenção é conservar os locais como uma espécie de museu da Câmara, para que possam receber visitantes”, finaliza.

De estilista à político

Clodovil Hernandes nasceu em 17 de junho de 1937, em Elisário (SP), e morreu na terça feira (17), em Brasília. Era filho adotivo de um casal de origem espanhola, Domingos Hernandes e Izabel Sanches Hernandes. Não conheceu seus pais verdadeiros e estudou em colégio interno. Homossexual assumido, não casou e nem teve filhos. Estilista de alta costura, ator, cantor, apresentador de TV e professor primário, Clodovil iniciou a carreira política quando se filiou ao PTC, em 2005.

Em 2006, foi eleito deputado federal com 493.951 votos, terceira maior votação do estado de São Paulo. Seu mandato iria até 2011. Começou seus primeiros trabalhos na televisão no início da década de 80, quando apresentou o "TV Mulher", da TV Globo. Na época, ele dividiu o cenário com a jornalista Marília Gabriela e com a sexóloga Marta Suplicy, que também ainda não tinha entrado para a política.