O deputado federal Fábio Garcia (PSB) afirmou que seu partido deverá apresentar, nos próximos dias, um substitutivo à reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal, que tramita no Congresso Nacional.
Segundo ele, há diversos pontos que os membros da sigla entendem como “equivocados”.
Entre as medidas propostas está a criação de idade mínima de aposentadoria de 65 anos, para homens e mulheres, e a exigência de que os trabalhadores contribuam por 49 anos para terem direito ao benefício integral pelo INSS.
“Estamos apresentando um projeto substitutivo com muitas alterações. Temos diferença em relação à aposentadoria rural, diferença em relação ao tempo de contribuição, questionamentos com relação à regra de transição. Então, temos alguns pontos que estamos tentando resolver ainda”, disse em conversa com a imprensa, nesta semana.
Para o parlamentar, a proposta deveria estar de acordo com a realidade do trabalhador brasileiro.
Nesta semana, várias cidades do país registraram protestos contra a reforma. Em Cuiabá, o ato foi realizado pelo Fórum Sindical, que representa os servidores públicos do Estado. Com faixas e cartazes, eles percorreram ruas na região central e gritaram palavras de ordem.
“Não podemos nos distanciar da realidade do povo brasileiro. Precisamos adequar essa reforma a realidade que o trabalhador vive, a expectativa de vida que temos. Então, essa reforma precisa de algumas adequações e vamos, com tranquilidade, propor essas adequações”, afirmou Garcia.
Dura, mas necessária
Apesar de considerar a reforma proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB), o deputado disse que alguns pontos da Previdência precisam ser mudados de modo urgente.
Entretanto, ele defendeu que a sociedade participe do processo.
“Acho que ela traz alguns pontos que precisam ser trabalhados. E esse é o papel do Congresso, poder escutar a sociedade, entender onde mudanças precisam acontecer e propor. O plenário decide por maioria”, disse.
“É importante deixar claro que o Brasil precisa enfrentar esse duro momento. Estamos caminhando para um país com 14 milhões de desempregados. Isso é ruim para todo mundo. Estamos caminhando para um País com dificuldade de recuperação econômica. Precisamos conseguir apontar um norte e preparar esse País para o futuro”, completou.
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