Operação PF

Um empresário da noite cuiabana e um DJ estão entre os alvos da Operação Ragnatela, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5).
São eles: o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, que foi preso, e o DJ Everton Detona, alvo de mandado de busca e apreensão.
A ação foi deflagrada pela FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), que é composta por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar de Mato Grosso.
A operação investiga lavagem de dinheiro de uma facção criminosa em casas noturnas da Capital.
A Ragnatela cumpre oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.
Willian Pereira, conhecido como "Gordão", é dono do Dallas Bar - que foi fechado no início deste ano -, que ficava na Avenida Beira Rio, no Jardim Europa. Ele também é proprietário do Strick Pub.
A investigação identificou os suspeitos participavam da gestão de casas noturnas em Cuiabá. Com uso dessa estrutura, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, que teriam sido custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
As investigações apuraram que os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da Federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias deliberadas pela facção criminosa.
Conforme a PF, o esquema contava com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação de posturas e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Durante as apurações, identificou-se também esquema para a introdução de celulares dentro de presídios; bem como, a transferência de lideranças da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado que se encontrava em liberdade.
Dois dos principais alvos da operação acabaram sendo presos pela Polícia Federal neste último sábado (1), quando desembarcaram em aeroporto do Rio de Janeiro fazendo uso de documentos falsos e posse de grande quantidade de dinheiro em espécie e joias. Posteriormente, foram recolhidos no sistema penitenciária fluminense e também presos por força dos mandados de prisão da presente investigação.
Veja vídeos
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
0 Comentário(s).
|