Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
CASO CACHOEIRA
24.04.2012 | 10h02 Tamanho do texto A- A+

Jayme Campos teme que CPI possa "acabar em pizza"

Senador do DEM teme que Governo abafe as investigações

Agência Senado

Jayme Campos, que é membro da CPI: Cachoeira é um homem-bomba

Jayme Campos, que é membro da CPI: Cachoeira é um homem-bomba

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO

O senador Jayme Campos (DEM), indicado pelo Bloco da Minoria (DEM/PSDB) para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investigará as ligações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, já entra na comissão desconfiando de que ela "acabará em pizza".

“Alguns companheiros nossos, como [a senadora] Kátia Abreu (PSD-TO), demonstraram preocupação que essa CPI seja só uma cortina de fumaça para abafar o caso mensalão”, disse o cacique, em entrevista.

“Eu espero que isso não vire mais uma pizza devido à força do rolo compressor da bancada do Governo”, emendou.

Apesar de a CPI ter sido aberta depois de vir à tona o relacionamento próximo mantido entre Cachoeira e um senador que era do DEM, um partido da oposição, Demóstenes Torres (GO), o Governo Federal teme que políticos da base possam ser envolvidos, e já trabalha para blindar o Palácio do Planalto.

O primeiro partido da base governista a ser tragado para o furacão das denúncias envolvendo os negócios de Cachoeira foi o PR. O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot (PR), disparou o "fogo amigo" contra dois deputados federais: Wellington Fagundes (PR-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Pagot acusou a ambos de fazerem lobby em favor da construtora Delta, dentro do DNIT. A empresa tem ligações com Cachoeira e, por isso, se tornou um dos alvos preferenciais da CPI.

“O vínculo da Delta com o Governo Federal é grande. O dono da empresa pode depor [na CPI]. O que esse cara pode falar? Eu não sei”, analisou Jayme.

O senador manifestou, ainda, preocupação com a saída do bicheiro de um presídio de segurança máxima, em Mossoró (RN), e sua transferência para o presídio da Papuda, em Brasília. "Como lembrou o senador Pedro Simon (PMDB-RS), ele [Cachoeira] é um homem-bomba, um arquivo vivo. Pode acontecer com ele o que aconteceu com PC Farias”, declarou.

Outro representante de Mato Grosso já confirmado na CPI é o senador Pedro Taques (PDT), cuja indicação deve ser oficializada nesta terça (24). Nenhum deputado mato-grossense deve participar da comissão.

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José Ribamar Bezerra Sa  24.04.12 16h27
É CLARO QUE ESSA CPI(comissão parlamentar da inutilidade) VAI ACABAR, COMO DE COSTUME, NUMA BELA E INDIGESTA PIZZA!!
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