O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Wilson Santos (PSDB), afirmou que o Executivo não irá analisar os números contidos no substitutivo integral ao projeto de lei que fixa a forma de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
A mudança foi apresentada pelo deputado Zeca Viana (PDT) e prevê o parcelamento de 11,28% em nove vezes, entre julho de 2016 a março de 2017, e não condiciona o pagamento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“É um principio constitucional, o Parlamento não pode aumentar despesa do Executivo. A proposta vai ser analisada e reprovada pela CCJ [Comissão de Constituição, Justiça]. Mas o Governo não vai perder tempo com isso”, disse o deputado ao MidiaNews.
A declaração do líder vai ao encontro da posição do governador Pedro Taques (PSDB), que em conversa com a imprensa, na manhã desta segunda-feira (27), considerou inconstitucional o substitutivo de Zeca Viana.
“A mensagem do Executivo é 6% e condiciona o resto à Lei de Responsabilidade Fiscal. A proposta do Zeca não condiciona o pagamento a nada, coloca 11,28% e divide em 9 parcelas. Então, o dele é 11,28% e nosso é 6%. O entendimento do Governo é de que ele está propondo aumento de despesa”, disse Wilson Santos.
“É um direito legítimo dele, mesmo propondo algo inconstitucional, ilegal. Mas o Parlamento não tem poder de aumentar despesa do Executivo. Isso é um dos princípios basilares e todos os parlamentares precisam saber disso”, afirmou.
Fim da linha
Com a apresentação do substitutivo na Comissão de Constituição, Justiça, Zeca pediu vistas na votação do projeto da RGA na esperança de que Taques analisasse a nova proposta. Agora, a votação será retomada nesta terça-feira (28).
Wilson disse esperar que a greve de servidores, mantida desde o dia 31 de maio, seja encerrada.
“É uma decisão do Fórum, das lideranças, junto com a base. Mas eu espero que se encerre. Não tem mais o que fazer. De fato, a aprovação do projeto é o ponto final do ônibus”, disse.
O projeto do Governo
O projeto enviado pelo Governo prevê o pagamento de 6% dos 11,27% da RGA em três parcelas - nos meses de setembro deste ano e janeiro e abril de 2017.
Já os 5,27% restantes da reposição, a partir de março do ano que vem, serão pagos desde que o Estado esteja enquadrado nos gastos com folha salarial exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Ainda há no projeto o pagamento das perdas inflacionárias retroativas a maio deste ano, nos meses de maio e setembro de 2017.
Conforme a lei, maio é o mês em que deveria ocorrer o pagamento da reposição. Como não houve esse pagamento, os salários estão sofrendo novas perdas inflacionárias até que a RGA seja paga integralmente.
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7 Comentário(s).
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waldomiro lopes 27.06.16 22h49 | ||||
INCONSTITUCIONAL É NÃO PAGAR A RGA | ||||
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OLIVEIRA 27.06.16 22h08 |
OLIVEIRA , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
armando 27.06.16 20h31 | ||||
ESPERO QUE OS SERVIDORES LEMBREM DO DEPUTADO WILSON SANTOS E DOS DEMAIS NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, POIS FORAM CONTRA OS SERVIDORES, NEGANDO UM DIREITO CONSTITUCIONAL. | ||||
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Willian 27.06.16 19h37 | ||||
Depois de viver no ostracismo durante anos, Wilson conseguiu começar novamente sua carreira política como dep. estadual (para quem já foi dep. federal). Agora, está enterrando de vez sua carreira política. Aproveite bastante, porque não ganha mais nem para presidente de bairro. | ||||
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LISBETE 27.06.16 19h21 | ||||
'O GOVERNADOR NÃO VAI PERDER TEMPO COM ISSO'. BELA FALA DEPUTADO. NÓS SÉ QUE PERDEMOS NOSSO VOTO COM VOCÊ E COM O GOVERNADOR... | ||||
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