LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Junior (PMDB), defendeu, nesta quarta-feira (1º), que seu partido abra mão de algumas secretarias no Governo Silval Barbosa (PMDB) para contemplar o PSD.
“Pela governabilidade, nós temos que fazer algum sacrifício. O Governo não pode perder o PSD e, como membro do PMDB, considero importante que o partido, que é de casa, ceda algum espaço”, afirmou o parlamentar ao
MidiaNews.
“E tem que ser uma secretaria com visibilidade, não pode ser qualquer uma. Um partido do tamanho do PSD, com dois deputados federais, cinco deputados estaduais, e o vice-governador, merece espaço no Governo”, completou.
As conversas entre líderes social-democratas e do Governo giram em torno de o PSD assumir justamente uma das pastas mais importantes sob o comando peemedebista: a de Cidades, que tem como chefe Gonçalo de Barros. Ele era adjunto da pasta e assumiu o comando em junho, após o falecimento, em acidente automobilístico, do titular Nico Baracat (PMDB).
Um dos nomes cotados para assumir a Secretaria de Cidades é o do presidente regional do PSD e vice-governador Chico Daltro.
O maior empecilho para a troca de comando na pasta, no entanto, estaria dentro do próprio PMDB. O presidente regional do partido, deputado federal Carlos Bezerra, estaria relutando em abrir mão dos cargos.
Ao site, o cacique negou estar dificultando qualquer negociação. “O governador não me chamou para conversar sobre nenhuma mudança no secretariado. Quando ele chamar, aí veremos qual é o encaminhamento, e que posição tomar. Por enquanto, é tudo conversa e especulação. Não existe nada oficial”, afirmou.
O secretário-geral do PSD, o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, adotou o mesmo discurso de Bezerra e disse que há somente conversas de corredor. “Sei que o governador disse ao Chico Daltro que era importante o PSD estar no Governo, mas não há nenhuma proposta concreta”, disse.
“Existem conversas paralelas de todo mundo; tem até contínuo discutindo cargo para o PSD. Mas, só existe uma instância autorizada a conversar: o PSD. O dia em que o governador chamar o partido para conversar e fizer a proposta, diremos se aceitamos ou não, e então indicaremos um nome”, completou Riva.
Sob o argumento de que o Governo precisava de uma reforma urgente, que reduzisse o tamanho da máquina, o PSD entregou, em março, os cargos de primeiro e segundo escalão ocupados pela sigla: a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec), o Centro de Processamento de Dados do Estado (Cepromat) e a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemat).