Cuiabá, Quinta-Feira, 27 de Novembro de 2025
FRAUDE NA SEDUC
23.12.2016 | 08h05 Tamanho do texto A- A+

Maluf cita denuncismo e diz que provará inocência nos autos

Presidente da Assembleia diz que vai comprovar inocência nos autos do processo

Marcus Mesquita/MidiaNews

O presidente da AL, deputado Guilherme Maluf que foi citado por empresário e delator em suposto esquema

O presidente da AL, deputado Guilherme Maluf que foi citado por empresário e delator em suposto esquema

THAIZA ASSUNÇÃO E DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB) voltou a negar, na quinta-feira (22), participação no suposto esquema de pagamento de propina e fraudes em licitações na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

 

O parlamentar foi citado nos depoimentos do empresário Alan Maluf, sócio do Buffet Leila Malouf, e do delator, Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora, ambos alvos da Operação Rêmora.

 

“Eu nunca participei de forma alguma, tanto é que cada um dos depoimentos converge fatos completamente diferentes. Estou aguardando a conclusão dessa investigação, vou prestar o depoimento, quero colaborar com a Justiça e tenho a certeza que nós vamos mostrar a verdade sobre esses fatos”, disse durante evento no Palácio Paiaguás.

Estou aguardando a conclusão dessa investigação, vou prestar o depoimento, quero colaborar com a Justiça, e tenho a certeza que nós vamos mostrar a verdade sobre esses fatos

 

Questionado se o fato mancha seu nome na política, o parlamentar disse apenas que não quer ser “condenado precipitadamente”.

 

“Hoje, o país vive uma onda de denúncias contra uma série de políticos, isso tudo acaba atrapalhando e manchando o nome, mas só quando você foge da discussão ou  admite que é culpado. Eu só não quero ser condenado precipitadamente, quero mostrar minha inocência e vou fazer isso nos autos”, completou.

 

Citado em depoimentos

 

O empresário Alan Maluf afirmou, em seu depoimento que entregou R$ 40 mil ao deputado Guilherme Maluf a pedido do delator Giovani Guizardi.

 

Segundo Malouf - que é primo do presidente da Assembleia -, Guizardi teria dito que o dinheiro seria a parte do “Guilherme” no referido esquema, já que o parlamentar “tinha o real poder político dentro da Seduc”.

 

No depoimento, Malouf disse que não lembra o local em que entregou o dinheiro para o primo. Afirmou, porém, que o parlamentar não fez nenhuma indagação a respeito do dinheiro, recebendo-o de forma natural.

 

Guizardi, que por sua vez, revelou que o deputado ficava com 25% da propina arrecadada com as fraudes na Seduc.

 

Segundo ele, a propina era fixada em 5% sobre os valores que seriam recebidos pelas empresas que tinham contratos com a Pasta.

 

Deste montante, além dos 25% de Guilherme Maluf, segundo o delator, outros 25% eram destinados para o então secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB); 25% para o empresário Alan Malouf; 5% para o ex-servidor da Seduc, Fábio Frigeri; 5% para o também ex-servidor Wander Luis dos Reis e 10% restantes ficavam para ele.

 

Os 5% entregues a Wander seriam “a titulo de administração do esquema (combustível, telefone celulares, energia, aluguel da sala comercial no Edifício Avant Garden – onde as reuniões do grupo criminoso eram realizadas – entre outras despesas)”, disse Guizardi, em seu depoimento.

 

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