O governador Mauro Mendes (União) contestou a possibilidade de intervenção estadual no Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande, como propôs o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).

A Corte de Contas encaminhou, na terça-feira (26), um pedido para que o Ministério Público Estadual (MPE) acione a Justiça a fim de viabilizar a intervenção e solucionar o problema de falta de abastecimento de água na cidade.
Mendes afirmou que não está a par do pedido nem de seus fundamentos, mas ressaltou que os gestores municipais, como a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), devem assumir suas responsabilidades administrativas ainda que sejam onerosas.
“Eu, como governador, não posso assumir todos os problemas das prefeituras. Eu tenho os problemas do Estado para resolver. Senão todo prefeito que não der conta de resolver um problema joga para o governador. Os prefeitos precisam assumir as suas responsabilidades”, disse.
“[O desabastecimento de água] tem solução! Não dá para jogar tudo no colo do Estado, senão o Estado começa a deixar de cumprir as suas obrigações para ir cumprir as dos prefeitos. Eu preciso conhecer um pouco mais [sobre o pedido de intervenção]”, acrescentou.
Ao justificar o pedido de intervenção, o presidente do TCE, Sérgio Ricardo, citou que Cuiabá também sofria com desabastecimento no início dos anos 2000, quando houve a concessão dos serviços na Capital.
Mendes lembrou que, quando foi prefeito de Cuiabá (2013-2017), precisou intervir na concessão para restabelecer os serviços e sugeriu que a prefeita de Várzea Grande entregue o DAE à iniciativa privada.
“Eu fiz uma intervenção na concessão, reorganizei a empresa e devolvi para a iniciativa privada. O investimento que resolveu definitivamente o problema de água e esgoto em Cuiabá está sendo feito pela iniciativa privada. Em Várzea Grande, talvez seja esse o caminho. Por que não fazem uma concessão?”, questionou.
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