Mendes cita “falha ou cooperação” em fuga de presídio em Cuiabá

O governador Mauro Mendes (União) elevou o tom, nesta quinta-feira (21), e disse ter “fortes indícios” da atuação de agentes prisionais na fuga de duas presas de alta periculosidade, da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. 

A gente está trabalhando duramente para identificar os responsáveis

“Está tendo falha com certeza! Eu já cobrei duramente o secretário de Justiça [Vitor Hugo Bruzulato], que está investigando. [...] A gente está trabalhando duramente para identificar os responsáveis”, afirmou.

“Para ter uma fuga daquele jeito é porque alguém falhou, alguém cooperou”, completou. 

Mendes ainda disse que não pode irá antecipar se ocorrerá ou não mudança na direção do presídio feminino, mas citou “punições” aos envolvidos.

“O que posso afirmar é que houve falhas, e essas falhas serão apuradas e os responsáveis tem que ser mostrados publicamente e penalizados na forma da lei”, disse.

Cortar na carne

Victor Ostetti/MidiaNews

O governador Mauro Mendes, que disse ter cobrado investigação ao secretário de Justiça

Em abril deste ano, dois policiais penais e outras oito pessoas foram presas por facilitar a fuga de detentos do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande em 2023.

O caso foi citado pelo governador ao ser questionado se poderia “cortar na carne” caso houvesse a comprovação de facilitação da fuga das presas. 

“Nós já cortamos na carne várias vezes. Vocês têm dúvidas disso? Já prendemos advogados e um monte de gente. As coisas mudaram lá dentro e é contra essas mudanças que estão dificultando a atuação para tentar desconstruir esse belíssimo trabalho que estamos fazendo. Mas não irá parar, vai continuar”, disse o governador. 

Perigosas

Consideradas líderes da maior facção criminosa do Estado, as presas Angélica Saraiva de Sá, de 34 anos, a “Angeliquinha”, e Jéssica Leal da Silva, de 36 anos, a “Arlequina” fugiram da detenção na madrugada deste domingo (17). Elas ainda estão foragidas.

Angeliquinha já foi condenada a mais de 250 anos prisão por homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa.

A Sejus (Secretaria de Estado de Justiça) e o Soe (Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas) emitiram comunicado dizendo que se houverem informações que possam colaborar para a localização das duas mulheres podem ser enviadas, com sigilo garantido, aos serviços de disque denúncia da Polícia Civil e Polícia Penal: 197 e (65) 98126-0185.

Veja entrevista:

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