O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), tem plena autonomia para decidir sobre a regularização fundiária do Contorno Leste, mas pregou cautela com decisões que podem "estimular" invasões de terra.

A declaração foi dada nesta segunda-feira (1º), após Mendes ser questionado sobre o anúncio do prefeito, que decidiu desapropriar a área e iniciar o processo de regularização, garantindo que as famílias não serão removidas do local.
“O Abílio, como qualquer prefeito, tem autonomia para tomar as suas decisões. Está dentro do município dele. O Governo não tem nada a comentar com relação a isso”, disse.
“Nós estamos com um programa de tolerância zero contra invasão. No campo, 60 invasões aconteceram, 60 invasões foram desestimuladas, foram neutralizadas por atuação da Polícia Militar junto com a Polícia Civil, cumprindo a lei”, afirmou.
“O Governo do Estado tem um pouco de reticência com relação a fazer alguma coisa que estimule ou que aponte que isso pode ser uma boa alternativa”, acrescentou.
Mendes também foi perguntado sobre uma declaração de Abilio, que atribuiu as invasões de terra à falta de programas habitacionais do Governo Federal, Estadual e Municipal.
Apesar de concordar que há necessidade de ampliar esses programas, Mendes reforçou que isso não é uma desculpa para tolerar invasões de propriedades.
“Claro, que podemos ampliar, sim, as políticas públicas de habitação, mas invasão não é algo que o nosso Governo está compactuando”, disse.
“Historicamente, a gente conhece esse negócio em Cuiabá, essa prática. Muitos bairros foram feitos com invasões. Você vai pelo interior, isso não existe. Cuiabá, infelizmente, ainda tem essa prática. Tem um terreno, invade e aí cria toda essa confusão”.
Mudança de padrão
Para Mendes, é preciso evitar que políticas públicas reforcem esse padrão. Ele também destacou que milhares de famílias buscam moradia dentro da legalidade.
“Milhares de pessoas não têm casas e não invadem terreno. Milhares estão comprando a sua casa própria, financiada pela Caixa Econômica, trabalhando e pagando”, completou.
Veja vídeo:
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