O governador Mauro Mendes (União) atribuiu responsabilidade ao ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PSD), e ao consórcio pelo atraso na conclusão das obras do BRT na Capital.

A declaração ocorreu após ele ser questionado se acreditava que conseguiria entregar o modal pronto antes do fim de seu mandato.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) apontou que o trecho do BRT entre a Avenida do CPA até Várzea Grande será entregue até 15 de fevereiro de 2026. No entanto, outras frentes de trabalho serão iniciadas em mais pontos da Capital, ainda sem prazo de conclusão.
“Eu gostaria muito de ter terminado essa obra, mas vocês se lembram que o prefeito Emanuel travou a construção por um ano e meio. Lembra das confusões? Que não podia isso, ele entrava na Justiça, ele não deixava, isso durou um ano e meio”, afirmou em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.
“Depois tivemos a infelicidade de encontrar um consórcio que ganhou a licitação, mas performou muito mal. O governo apertou, mas teve um dia que tivemos que rescindir com ele, porque o desempenho continuava ruim. Não tem jeito, esse tipo de coisa você não controla”, completou.
Em 2020 Mendes anunciou que iria realizar a obra do BRT, o que gerou conflito com a Capital. Em retaliação, Emanuel moveu várias ações judiciais e foi responsável pelo pedido acatado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que paralisou o início das obras do BRT.
Com isso, a obra, que deveria ter iniciado em 2023, começou apenas em janeiro de 2024.
Na época, o ex-prefeito afirmou não ter sido “ouvido” na decisão que trocou o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo modal.
Já em relação do Consórcio BRT Cuiabá, o contrato foi rompido em fevereiro deste ano. A decisão foi motivada pelo não cumprimento do contrato, incluindo atrasos reiterados de prazos pré-estabelecidos.
Apesar de não garantir a entrega completa do BRT ainda na sua gestão, Mendes garantiu que o próximo gestor terá condições de finalizar essa e outras obras em andamento no Estado.
Ele ainda normalizou a situação dizendo ser natural um gestor terminar seu mandato com alguns projetos que deverão ser continuados pelo seu sucessor.
“Nós estamos trabalhando no Governo hoje com uma quantidade gigantesca de obras em andamento. O que poso garantir é que não vou deixar para o próximo governador, seja em abril ou dezembro do ano que vem, obras paralisadas, vou deixar obras em andamento. Problemas resolvidos, com dinheiro no caixa para terminar as obras”.
“Governo é assim, não é um bloco em que tudo tem que começar e terminar no mandato. Tem coisas que estou licitando agora, coisas que vou licitar em abril, outubro, novembro e essas obras tem dois, três anos de prazo. Então, é muito natural que tenhamos obras em andamento”, disse.
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