O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a insegurança jurídica e a lentidão institucional continuam sendo os principais entraves para o agronegócio em Mato Grosso e no país.

Em entrevista ao Correio Braziliense, ele alegou que o estado brasileiro é “ineficiente” e ainda não conseguiu estruturar mecanismos básicos previstos no Código Florestal, como a regularização fundiária e o avanço do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado em 2012.
“Falta muita coisa, principalmente quando a gente olha para a questão institucional. O Estado brasileiro foi muito ineficiente para fazer regularização fundiária, para fazer regularização ambiental”, disse o governador ao comentar a estagnação do CAR em grande parte dos estados.
“A ineficiência pública atinge o agronegócio, atinge todos nós, na prestação de serviço e no dia a dia”, afirmou.
Mendes criticou a morosidade das estruturas públicas e afirmou que esse quadro resulta em serviços ruins para a população.
“A ineficiência é pai e mãe, é a espinha dorsal dos grandes equívocos que o Estado brasileiro comete e da má prestação de serviço que ele tem para o cidadão e para a sociedade”, disse.
O governador reforçou que essa ineficiência impacta diretamente a economia e a competitividade de todos diversos setores, incluindo o agronegócio, Educação, dentre outros.
Para ele, embora cobre muito imposto, o Governo Federal não tem dado retorno quando o assunto é prestação de serviço para a população.
Mendes também apontou a baixa efetividade do Código Florestal como um fator que amplia o custo operacional no campo.
“Quando você demora para fazer um licenciamento ambiental, para o produtor cumprir a lei, você está prejudicando esse proprietário, dificultando financiamento, aumentando o custo do crédito”, afirmou.
O governador destacou ainda que o problema se agrava com o custo da dívida pública e seu reflexo nas taxas de juros. Ele disse acreditar que o país tem um dos juros mais caros do mundo, porque o governo federal deve muito e não tem capacidade de pagar nem os juros da dívida.
“Para rolar a dívida, tomar dinheiro emprestado para pagar juros, tem que pagar juros caros. E esse juros é cobrado de todos nós, cidadãos, porque os bancos acompanham esse mesmo patamar fixado pelo Banco Central”.
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