O deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) afirmou que não irá fazer nenhuma alteração no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo de 2014.
O pedido de alteração foi feito pelo deputado Wilson Santos (PSDB), que deixou, temporariamente, a Secretaria de Cidades para alterar pontos do relatório que podem prejudicar o acordo fechado com o Consórcio VLT para a retomada das obras do modal.
Segundo Oscar, nenhum dos membros da comissão aprova as alterações pedidas. Ele, inclusive, disse que o retorno de Wilson com esta finalidade “desqualifica” o Parlamento.
“A volta do Wilson, na minha visão, desqualifica o Parlamento Estadual, uma vez que cabe a Mesa Diretora fazer a definição da aprovação ou não do relatório. O [Eduardo] Botelho me deu a segurança de que vai colocar em pauta na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], ainda esta semana, o relatório original. Não haverá nenhuma mudança no relatório da CPI”, disse.
“Não tem legitimidade para fazer mudança alguma. Para isso ocorrer teria que a comissão parlamentar, os membros, estarem coniventes com as mudanças, mas ninguém aceita qualquer mudança no trabalho que fora feito. Portanto, deve ir à apreciação dos pares o relatório entregue em setembro do ano passado à Mesa Diretora”, afirmou.
De acordo com o deputado, o relatório final da CPI aponta direcionamento, jogo de planilha, indícios de malversação do erário público. "Diante dos fatos, a CPI pediu o cancelamento do contrato e a devolução de R$ 316 milhões com o VLT", disse.
Oscar, inclusive, ressaltou a mudança de posicionamento do Governo sobre o Consórcio - formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.
“Teve uma mudança muito significativa do posicionamento do governo, porque existe uma ação do próprio governo pedindo o cancelamento do contrato que está em curso na Justiça Federal. E agora, simplesmente, mudou-se o posicionamento”, disse.
“A CPI fez um trabalho paralelamente e detectou todas as irregularidades. A CPI não muda seu posicionamento, sob pena de todos os membros serem tratados como aqueles que ajeitam o meio de campo. E isso não vai ocorrer aqui no Parlamento Estadual”, completou.
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1 Comentário(s).
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João 19.04.17 12h37 | ||||
Como o camarada consegue reassumir o mandato de deputado sem a sua exoneração do cargo de secretário? Então ele acumula um cargo eletivo com outro de direção no executivo? Cadê o MP, a CGE e o TCE? Esse é o governo da legalidade. | ||||
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