Em reunião de líderes da base com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati (PT), na tarde de terça-feira (24), o senador Blairo Maggi, líder do PR, alertou que o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, já avisou que quer ser o primeiro a depor na CPI do Cachoeira e que quer contar tudo o que sabe sobre obras do Governo Federal.
"Pagot é um fio desencapado. Está descontrolado", disse Maggi ao jornal
O Globo (leia
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Citando o relato de um dos participantes do encontro com a ministra, o jornal informa que, segundo o senador republicano, Pagot já avisou que quer ser o primeiro a depor na CPI, e vai falar de tudo quanto é obra de rodovia e quem ordenou os "contratos bichados" em cada Estado, por meio do DNIT.
A revelação de Maggi aumentou o clima de apreensão, principalmente no PT e no Planalto, com os rumos que vem tomando a CPI Mista do Cachoeira.
Antes manifestadas reservadamente, as preocupações foram explicitadas depois que o líder do PR comunicou a Ideli Salvatti que o ex-diretor do DNIT está "incontrolável", depois de ter se desligado do PR.
ImprevisívelSegundo o Globo, em meio ao susto, alguns parlamentares davam, nesta terça-feira, novo apelido à investigação: CPI Jim Jones, porque “vai morrer todo mundo abraçado”, numa referência ao suicídio coletivo em 1978, na Guiana, que tinha à frente um líder de uma seita americana.
Na reunião da bancada do PT mais tarde, para a escolha dos nomes, também se temia a imprevisibilidade com os rumos da CPI.
"Essa CPI é imprevisível. Ninguém sabe onde vai dar, não", disse Maggi, em entrevista ao jornal, no final da tarde.
O senador Pedro Taques (PDT), da ala independente, revelou que não descarta retomar casos de antigos personagens, como o ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz, e o escândalo da Gtech.
