"Palavra final sobre aliança MDB e PL será dada por Bolsonaro”

O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que caberá ao ex-presidente Jair Bolsonaro “bater o martelo” sobre a composição entre PL e MDB para a disputa eleitoral de 2026 em Mato Grosso. O partido tem como pré-candidatos o próprio Medeiros, que tentará uma vaga ao Senado, além do senador Wellington Fagundes, que deve concorrer ao Governo. 

A aliança vem sendo rejeitada por líderes do PL no Estado, sobretudo, pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini. Segundo ele, o MDB quer se “vestir de verde amarelo” e se aproveitar do capital político da chamada “direita raiz”.

O PL tem interesses macro e quem vai dar palavra final é Bolsonaro, junto com o presidente Valdemar da Costa Neto e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é a cúpula decisória

“O período eleitoral começou cedo dessa vez e essa aliança com o MDB tem desafios. O PL tem interesses macro e quem vai dar palavra final é Bolsonaro, junto com o presidente Valdemar da Costa Neto e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é a cúpula decisória”, disse Medeiros, ao MidiaNews.

Ao comentar os “ingredientes” que fazem parte das discussões em Mato Grosso, o deputado recordou o fato de o PL e o MDB terem se enfrentado nas principais cidades do Estado na eleição municipal passada.

“Esse cenário trouxe um acirramento muito grande entre alguns nomes. E, para além disso, temos que observar que as alianças são feitas para beneficiar a si. Temos que pensar, essa aliança com o MDB beneficia o projeto do PL?”, questionou Medeiros.

Segundo ele, a resistência ocorre não só da parte de Abílio, mas também de outros prefeitos no estado que poderão voltar a enfrentar o MDB em 2028.

“Será que tem lógica fortalecer o MDB que vai ser adversário dois anos à frente? O Abílio já deve estar pensando isso, a prefeita Flavia Moretti [Várzea Grande], o prefeito Claudio Ferreira [Rondonópolis], dentre outros. Então, esse ‘caldo’ todo vai ter que ser estudado para definir uma aliança ou não”, afirmou.

“A decisão será da cúpula nacional, mas obviamente que os atores locais, como os prefeitos, além do senador Welligton Fagundes serão ouvidos”, concluiu.

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