O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou nesta quinta-feira (25) o dia em que perdeu o dedo mindinho de uma das mãos e reclamou do médico que não deixou nem o "cotó". Durante discurso na cerimônia de entrega de ambulâncias ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), em Tatuí, interior de São Paulo, o presidente falava sobre igualdade de condições entre pobres e ricos, quando usou o exemplo para se colocar como alguém que já foi vítima da diferença de tratamento.
- Eu tinha 17 anos quando eu perdi este dedo aqui, ó. Este dedo aqui, se eu fosse hoje presidente, não perderia o dedo. Hoje até faria um implante, colocaria um dedo maior do que este aqui. Mas, como eu era um peão, cheguei fedendo a macacão... fedendo a graxa, às três horas da manhã, o médico olhou para a minha cara e falou "Para que esse peãozinho precisa de dez dedos? Vou... vou logo tirar", e tirou o cotozinho. Poderia ter deixado o cotó para eu poder coçar o nariz. Ele tirou.
Lula ainda lembrou da vergonha que passou ao andar na rua sem um dos dedos.
- Hoje eu estou tratando isso bem, mas eu passei um ano, que eu andava no ônibus com vergonha. Eu não queria que ninguém visse o meu dedo. Ficava com a mão no bolso, embrulhava a mão em uma toalha, uma bobagem, uma bobagem!
A cerimônia em que Lula contou a história do seu dedo perdido também teve a participação da ministra Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, José Serra, além outras autoridades, como o presidente nacional do PMDB e presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), um dos cotados para ser vice na chapa petista.
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