O secretário de Assistência Social de Várzea Grande, Gustavo Henrique Duarte, disse que não se arrepende de ter desacatado agentes da Polícia Federal durante a operação realizada nesta sexta-feira (14).
“Eu fui pego de surpresa... Aqui tem sangue [aponta para os braços]. Eram 6 horas da manhã. Não me arrependo, reagiria da mesma forma”, disse. Ele era alvo de um mandado de busca e apreensão e acabou preso pelo desacato.
Gustavo atribuiu a operação a um vídeo gravado em 2022, no qual questionava o governador Mauro Mendes por ter viajado ao resort Malai Manso, em Chapada dos Guimarães, de avião e não de carro.
Por isso, pediu ao governador para “liberar o perdão” pois a provocação foi feita em contextos passados.
“Estou aqui fruto de um vídeo que gravei há mais de dois anos, quando questionei o governador Mauro Mendes no Malai. Esse é o motivo da Polícia Federal invadir minha casa às seis horas da manhã”, disse.
“Governador Mauro Mendes, libera o perdão. Até quando o senhor e sua família vão me perseguir por conta de um vídeo? Foi apenas um questionamento, em nenhum momento lhe faltei com respeito. Não houve calúnia, não houve difamação. Libera o perdão, governador”, finalizou.
Mendes divulgou uma nota no final da manhã dizendo que não tem nenhuma gerência ou hierarquia sobre a PF.
Duarte foi alvo de busca e apreensão por supostos crimes eleitorais e contra a honra do governador nas eleições de 2022. Durante o cumprimento do mandado, ele foi preso em flagrante por desacatar os agentes da PF e teve que assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Segundo o secretário, o desacato ocorreu porque os agentes tentaram arrombar o portão da sua casa, após ele demorar para atender as ordens.
“Se coloque no meu lugar. Eu sou um trabalhador, um pagador de impostos, honesto. Se eu fosse um bandido, eu estaria esperando a visita da Polícia Federal. Meu comportamento seria diferente”, declarou ao deixar a sede da PF.
“Meu filho estava dormindo e eu acho que não é papel da polícia fazer isso. Eles poderiam ter me intimado”, emendou.
Veja entrevista:
Operação Fake News
Os policiais cumprem três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Núcleo Regional Eleitoral das Garantias I, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. Os celulares de Gustavo e da esposa foram apreendidos.
Conforme apurado pela investigação, houve a produção e divulgação de vídeos com informações inverídicas e caluniosas durante a campanha.
Na operação desta sexta-feira, a PF apreendeu celulares e outros elementos de interesse para a investigação.
A Prefeitura de Várzea Grande emitiu nota afirmando exonerou Gustavo do cargo para que ele "possa ter condições de se defender de forma imparcial e isenta, junto à Polícia Federal".
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4 Comentário(s).
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Graci O Miranda 15.02.25 07h30 | ||||
Parabéns Polícia Federal/PF. Sinto orgulho de VCS. Será? Demorou para abrir a porta pq? Com PF é tudo CRISTALINO. dizem : QUEM NAO DEVE NÃO TEME NEM TREME nem ficar nervosinho. PF é PF. VIVA! | ||||
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Paulo Roberto Silva Gomes 14.02.25 17h16 | ||||
Aproxima-se mais um concurso nosso da PF. Aos candidatos aprovados estejam preparados para esses acontecimentos, pois qualquer ato que não fosse manter a calma, seria considerado "truculento" e despreparo da equipe policial. | ||||
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Alencar 14.02.25 15h13 | ||||
Desrespeito policiais no cumprimento da ordem judicial é crime. No vídeo é claro que os policiais federais estavam corretíssimos na ação. Se não respeita autoridades, que cidadão é esse, que se intitula blá-blá-blá | ||||
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Graci Miranda 14.02.25 14h47 | ||||
Só o amor constrói. Povo de Deus é humilde e pede PERDÃO. Eu , servidora Federal aposentada, senti ofendida, coitados dos PF suportaram :ofensas, humilhações e 'ele' fazendo de vitima. Confundir? politica com religião? | ||||
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