Cuiabá, Domingo, 21 de Setembro de 2025
EFEITO RGA
30.03.2017 | 16h09 Tamanho do texto A- A+

“Na maior crise, servidor manteve 96,5% do poder de compra”

Gustavo de Oliveira diz que Secretaria irá analisar todas as possibilidades para quitar RGA de 2017

Marcus Mesquita/MidiaNews

O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira: RGA 2017 em análise

O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira: RGA 2017 em análise

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira, revelou que o Governo conseguiu manter 96,5% do poder de compra dos servidores públicos entre os anos de 2015 e 2016 com o pagamento parcial da Revisão Geral Anual (RGA).

 

De acordo com a legislação estadual, em maio de cada ano o Governo deve conceder a reposição referente à inflação do ano anterior.

 

Em 2015, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apontou uma RGA de 6,22%, que foram pagos em duas parcelas. Já em 2016, a reposição foi de 11,28%, dos quais foram pagos 7,36%, ficando um resíduo de 3,92%.

 

“A conta é que quem ganhava R$ 1 mil em janeiro de 2015, com os dois reajustes, ganha hoje R$ 1.140. Se tivesse a reposição integral, ganharia R$ 1.182. Então, na maior crise da história do País, o servidor público de Mato Grosso manteve 96,5% do poder de compra”, afirmou o secretário.

 

Todas as despesas de pessoal têm crescido muito, não só a reposição inflacionária. Tudo isso é motivo de muita preocupação

Gustavo acredita que o valor é “alto” em comparação a outros Estados. Segundo ele, há lugares em que o poder de compra caiu mais de 20%.

 

Segundo o secretário, o governador Pedro Taques (PSDB) pediu que todos os cenários sejam analisados para este ano, em que é esperada uma RGA superior a 5%.

 

O secretário revelou que a Sefaz contabiliza a possibilidade de pagar o resíduo não quitado em 2016, mais a reposição deste ano.

 

Porém, ele disse que a Pasta também levará em consideração o crescimento vegetativo da folha, que no Estado chega a R$ 40 milhões por mês.

 

Há ainda a possibilidade de não se pagar a RGA pelos próximos dois anos. A medida pode constar em uma das reformas que o Governo enviará à Assembleia Legislativa.

 

“Todas as despesas de pessoal têm crescido muito, não só a reposição inflacionária, mas as progressões de carreira, a própria Previdência, tudo isso é motivo de muita preocupação”, disse.

 

“Então, não se pode discutir isoladamente um dos fatores. Temos que discutir RGA, Previdência, as progressões, os reajustes. Tudo tem que fazer parte de um pacote e olhar um pouco mais para frente, não adianta só olhar 2017. Temos que olhar dois ou três anos para frente e ver como poderá se acomodar”, completou.

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COMENTÁRIOS
24 Comentário(s).

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professor Henrique  31.03.17 19h24
Os empregados das 10 categorias com maiores vencimentos no setor público, que somam um contingente de 255 mil pessoas – nas três esferas de governo – ganham em média 272.000 reais anuais. Os cerca de 36,8 milhões de empregados da iniciativa privada recebem por ano 23.300 reais em média vamos debater essa ideia?
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Solange Nunes  31.03.17 17h07
Não se pode só discutir o rga feliz da a gente de receber o salário inteiro.
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Manoel silva  31.03.17 17h06
Investir em educação e investir no futuro.
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Maria lice   31.03.17 16h40
Esses servidores estão muito mal acostumados com a regalias que tem é sente os mais importantes!
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Silvia Moraes  31.03.17 15h05
O governo Taques herdou problemas econômicos e vem tentando reverter, mas algumas classes não entende essa luta.
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