O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Leonardo Bortolin (MDB), defendeu a abertura de um diálogo para apaziguar os ânimos entre a deputada Janaina Riva (MDB) e o governador Mauro Mendes (União).
Janaina foi aliada do governador até o início deste ano, quando anunciou na tribuna da Assembleia Legislativa um possível “boicote” do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), no repasse de emendas parlamentares.
Aliado de primeira hora da deputada, Bortolin afirmou que a tensão foi alimentada por pessoas próximas aos dois grupos e pediu maturidade política para evitar rupturas desnecessárias.
“Eu vou procurar o diálogo como última alternativa. Como amigo pessoal da Janaina, quero que haja um distensionamento em tudo isso e que possamos conversar. Algumas pessoas que flutuam em torno do Mauro e da Janaina muitas vezes dificultam que isso aconteça”, declarou.
Janaina e Mendes devem se enfrentar nas urnas no próximo ano, quando disputarão uma vaga no Senado Federal. Bortolin defendeu que haja um “distensionamento” da relação entre os dois, para evitar um “desgaste” pós-eleitoral.
“A minha intenção, assim como a de muita gente, é que possamos chegar ao processo eleitoral sem que todos estejam esgotados psicologicamente e mentalmente”, afirmou.
“Até porque, independentemente do resultado, todo mundo vai continuar morando em Mato Grosso. A vida não dá voltas, ela capota! De repente, nós vamos estar juntos de novo. A política tem muito disso".
Para o presidente da AMM, se houver “humildade e diálogo” por parte dos atores políticos que circulam no entorno do Palácio Paiaguás, “tudo poderia ser distensionado”.
MDB e chapa para o Governo
Na eleição majoritária do próximo ano, os eleitores deverão escolher dois senadores e um governador. Segundo Leonardo Bortolin, o foco do MDB é a candidatura de Janaina Riva ao Senado, sem a intenção de lançar um nome ao Governo do Estado “simplesmente para dar sustentação” à aliada.
Para ele, a tendência é que a discussão sobre alianças se concentre nas candidaturas já postas ao Palácio Paiaguás: Wellington Fagundes (PL), Jayme Campos (União) e Otaviano Pivetta (Republicanos).
“Nada me impede hoje de votar na Janaina e também no Mauro Mendes. São duas vagas ao Senado. Muitas vezes o que a gente vê são alguns atores próximos ao Palácio querendo abrir um abismo em relação ao grupo da Janaina”, afirmou.
“Tem gente que cria esse abismo porque teme que ela seja vice do Pivetta e esteja de olho na vaga de governador. Outros têm medo da ascensão dela ao Senado. Quando, na verdade, se houvesse diálogo, acredito que haveria espaço e tamanho para todo mundo”, completou.
Veja trecho da entrevista:
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