Sem duodécimo, MPE diz que já gastou R$ 20 mi de seu caixa

O Ministério Público Estadual precisou desembolsar aproximadamente R$ 20 milhões de recursos próprios em decorrência do atraso no repasse do duodécimo por parte do Governo.

A informação é do chefe do MPE, o procurador-geral de Justiça Paulo Prado. O montante está sendo utilizado, por exemplo, para honrar a folha de pagamento dos servidores.

O repasse da quarta parcela do duodécimo, referente ao mês de julho, deveria ter acontecido no dia 25 do mesmo mês. Mas a “gravíssima” crise financeira enfrentada pelo Estado, conforme declarou o secretário de Estado de Fazenda, Seneri Paludo, comprometeu o pagamento.

Na ocasião, o secretário garantiu, por meio de ofício, “que o repasse inicialmente previsto para o dia 25 de julho de 2016, referente ao Grupo 1, seria adiado para o prazo máximo de até dia 10 de agosto de 2016”, mas isso também não aconteceu.

No final da tarde de quarta-feira (10), o Governo comunicou um novo adiamento do repasse, desta vez, sem data prevista.

O valor do repasse para o MPE é de aproximadamente R$ 21 milhões.

Questionado sobre os riscos que o MPE corre, caso o repasse mais uma vez não seja feito, o procurador preferiu adotar um tom brando.

“Eu não quero assustar meus servidores. Não vou gerar pânico.”

Prado disse ainda que o governador Pedro Taques lhe garantiu que fará uma reunião com todos os poderes que aguardam pelo duodécimo, marcada para o próximo dia 16.

Nesta reunião o governador deve explanar as condições reais do caixa do Estado.

O procurador não considera acionar a justiça neste momento. “Vou esperar essa reunião do dia 16 para ver o que o governador vai falar. O que todos nós queremos é achar uma solução para Mato Grosso”, pontuou.

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