SES descarta compra, mas nega que pacientes serão abandonados

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que não é interesse do Governo do Estado tentar arrematar o prédio da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.

Eu posso assegurar que nenhum paciente que ora seja assistido na Santa Casa vai ficar sem atendimento

O imóvel, que está penhorado por dívidas trabalhistas, será vendido e o valor mínimo é de R$ 54,7 milhões. “A princípio, não é intenção do Governo do Estado arrematar o imóvel”, resumiu.

Na semana passada, o juiz Angelo Henrique Peres Cestari, do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso, determinou a alienação judicial por iniciativa particular do prédio da Santa Casa.

A alienação judicial por iniciativa particular é um procedimento onde o credor, em vez de esperar o leilão judicial, pode requerer ao juiz a autorização para vender o bem penhorado diretamente, seja por meio de um corretor, leiloeiro ou ele próprio.

O objetivo é acelerar a satisfação do crédito, convertendo o bem em dinheiro de forma mais célere.

Gilberto foi questionado a respeito da preocupação de algumas lideranças políticas sobre os pacientes oncológicos, já que hoje a Santa Casa é uma das referências no tratamento. No entanto, o secretário apaziguou a questão e garantiu que os pacientes não serão desassistidos.

“Posso assegurar que nenhum paciente que seja assistido na Santa Casa vai ficar sem atendimento. Se, por ventura, não conseguimos migrar esses pacientes e esse serviço para as outras unidades de saúde, tal como o Hospital do Câncer ou Hospital Geral, logicamente que nós não interromperemos o tratamento deles”, disse.

“Então, podem ficar tranquilos, o governo do Estado não é irresponsável, nós não vamos abandonar nenhum paciente que esteja em tratamento oncológico ou fazendo hemodiálise na Santa Casa. Se para isso for necessário, nós vamos continuar com as atividades até resolver isso, mas nenhum paciente será abandonado”.

Apesar de não comprar o imóvel, o secretário afirmou que o Governo tem trabalhado em um plano para desmobilização dos serviços da Santa Casa para que os pacientes não sejam afetados.

A ideia é que todos os tratamentos ofertados na Santa Casa migrem para o Hospital Central, que está na fase final de suas obras.

“[...] Eles desenvolvem um plano, mostramos as soluções, mostramos onde nós temos algumas dificuldades para vencer, mas isso é um trabalho para ser assegurado o final dele é até dezembro”, afirmou.

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