Agentes do Gaeco flagraram Hallan Gonçalves de Freitas, preso acusado de participar de um esquema de desvio de verbas de convênios da Faespe (Fundaçao de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual), sacando dinheiro em um caixa do Sicoob, que fica nas dependências do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
Segundo a investigação, ao qual o MidiaNews teve acesso, por diversas vezes o suspeito, funcionário da Faespe e dono de uma empresa de fachada usada para lavar dinheiro, a HG de Freitas ME, se utilizou do mesmo caixa para fazer transações.
A empresa, que não tem funcionários registrados, fez 113 movimentações cujas somas chegaram a R$ 1,5 milhão.
Pelo menos cinco idas de Hallan ao caixa do Sicoob foram monitoradas e fotografas, como a do dia 4 de agosto do ano passado.
Segundo o relatório de inteligêcia, o saque foi realizado às 11h57. "Foi foi possível conferir o investigado Hallan recebendo um invólucro possivelmente de dinheiro do caixa e guardando em sua mochila. Ainda foi possível ouvir a atendente dizendo que ele tinha um saldo de R$ 19 mil", diz o relatório.
Logo em seguida, narra o Gaeco, o suspeito se encontrou com Claúdio Roberto Borges (também detido) nos fundos do TCE-MT. Na oportunidade, o primeiro teria repassado dinheiro ao segundo.
Cinco dias depois, Hallan esteve novamente no mesmo local, fazendo transações financeiras.
No dia 09 de agosto de 2016, Hallan esteve novamente na sede do Siccob no TCE.
Um dos flagrantes feitos por agentes do Gaeco:
Convênios de R$ 70 milhões
A operação Convescote apura desvios de dinheiro público em convênios celebrados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (FAESP) e instituições públicas, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Assembleia Legislativa, Prefeitura de Rondonópolis e Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura), que superam R$ 70 milhões.
De acordo com o Gaeco, o esquema funcionava da seguinte maneira: instituições públicas firmavam convênios com a FAESP para prestação de serviços de apoio administrativo. A Fundação, por sua vez, contratava empresas de fachadas para terceirização de tais serviços.
Ao final, os recursos obtidos eram divididos entre os envolvidos, sendo que o responsável pela empresa normalmente ficava com uma pequena porcentagem do montante recebido e o restante era dividido entre funcionários da fundação e servidores do TCE.
Até o momento, conforme o Gaeco, já foram identificadas 8 empresas irregulares que participaram do esquema.
Nesta terça-feira (20), durante a operação Convescote, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, 16 mandados de busca e apreensão e 04 mandados de condução coercitiva. Todos foram expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.
Além do crime de constituição criminosa, também há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.
Presos preventivamente:
01 - Claúdio Roberto Borges
02 - Marcos Moreno Miranda
03 - Luiz Benvenuti Castelo Branco de Oliveira
04 - José Carias da Silva Neto
05 - Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira
06 - João Paulo Silva Queiroz
07 - Jose Antonio Pita Sassioto
08 - Hallan Gonçalves de Freitas
09 - Marcos José da Silva,
10 -Jocilene Rodrigues de Assunção
11 – Eder Gomes de Moura
Conduções coercitivas:
01 - Marcos Antonio de Souza
02 - Fadia Kassem Fares Garcia
03 - José Augusto Proença de Barros
04 - Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
1 Comentário(s).
|
cidinha 21.06.17 14h20 |
cidinha, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |