O governador Mauro Mendes (União Brasil), disse "ter vergonha" por Mato Grosso liderar, pelo segundo ano consecutivo, o ranking nacional de feminicídios. O dado está no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, divulgado nesta semana.
À imprensa, o governador reconheceu a gravidade da situação do Estado e disse que o governo não está poupando esforços para combater a violência contra a mulher.
“Nós temos que ter vergonha, sim, disso. Tudo que é possível fazer, o governo de Mato Grosso vai fazer. Nós temos feito muita coisa, mas não pouparei nenhum esforço”, disse o governador.
“Todos os feminicídios que aconteceram no estado nós identificamos o autor, prendemos e colocamos [o criminoso] à disposição da justiça. Infelizmente, essa sensação de impunidade, de violência extrema, ela está muito presente em todo o Brasil, inclusive em Mato Grosso”, completou.
Mato Grosso registrou 47 feminicídios em 2024, segundo o relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número representa uma taxa de 2,5 assassinatos por 100 mil mulheres — a mais alta do país.
Apesar de o número ser semelhante ao de 2023 (46 casos), o governador demonstrou profunda indignação com a realidade enfrentada pelo Estado.
“É um negócio que me deixa extremamente preocupado. Eu fico muito consternado em ver mães de família, mulheres sendo assassinadas brutalmente por homens covardes”, disse.
Ausência de denúncias
O governador também chamou atenção para um dado alarmante: a maioria das vítimas não havia feito denúncias anteriores contra os assassinos.
“Mais de 70%, quase 80%, desses feminicídios aconteceram em lares onde não existia nenhuma ocorrência comunicada anteriormente à polícia. Isso nos impede de acionar os mecanismos de proteção que o governo criou”, disse.
Medidas e campanhas
O governador também mencionou as políticas públicas já em andamento, como o Botão do Pânico, auxílios financeiros a vítimas de violência doméstica por meio do Programa Ser Família, além de campanhas educativas e preventivas.
“Aprovei uma nova campanha para ser feita dentro das escolas de Mato Grosso. E tudo que for possível fazer, qualquer coisa nova, viável, nós vamos fazer”, afirmou.
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