A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça determinou, por unanimidade, a soltura de quatro pessoas presas no último dia 30, na Operação Sangria. A decisão ocorreu durante sessão realizada no início da tarde desta quarta-feira (10).
A Sangria investigou um esquema de monopolização do sistema de saúde tanto na Prefeitura de Cuiabá quanto no Governo do Estado.
Conseguiram liberdade aqueles considerados integrantes do “núcleo subalterno” do esquema. São eles: Celita Natalina Liberali, Fabio Alex Taques Figueiredo, Kedina Iracema e Flavio Alexandre Taques da Silva.
Foram impostas medidas cautelares aos investigados, entre as quais o uso de tornozeleira eletrônica.
“Adianto a vossas excelências que, detido o exame de todo material cognitivo, outra solução não nos afigurou, se não conceder a ordem a todos os membros do núcleo subalterno com cautelares, inclusive tornozeleira”, disse o relator, desembargador Alberto Ferreira, em trecho de seu voto.
Os desembargadores Rondon Bassil Dower e Orlando Perri acompanharam o voto do relator.
Durante a sessão, Alberto Ferreira ainda comunicou que, na última terça-feira (09), o advogado Helio Nishiyama – responsável pela defesa do ex-secretário de Saúde, Huark Correa e dos médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer – ingressou com pedido de desistência do Habeas Corpus.
Estes três - que seriam líderes do esquema - seguem presos.
Nos bastidores, as informações dão conta de que eles estariam se preparando para tentar formalizar acordos de delação premiada.
Sangria
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde.
As fraudes eram viabilizadas por meio de contratos celebrados com as empresas Proclin e Qualycare.
Segundo a apuração, o grupo mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado.
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