O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) afirmou que está “tranquilo” com a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os efeitos da posse da Mesa Diretora, que o reconduziu à presidência da Assembleia Legislativa neste biênio (2021-2023). Ele também afirmou que não vai recorrer.
Com a determinação, proferida nesta segunda-feira (22), a Assembleia Legislativa deverá notificar a Corte em 48 horas sobre a data do novo pleito para o Comando da Casa.
Por meio de um vídeo divulgado pela sua assessoria de imprensa, o democrata – que ocupava a cadeira de presidente do Legislativo pela terceira vez – disse que “cumpriu sua missão” e irá convocar novas eleições.
“Para mim não tem problema nenhum, estou tranquilo. Vou convocar eleição, cumpri minha missão como presidente. Muito tranquilo e sereno. Tenho certeza que muitas mudanças aconteceram para melhor”, disse o parlamentar.
“Agora é continuar. A vida é assim. Fiquem tranquilos. Convocarei novas eleições, eu continuarei sendo o deputado Eduardo Botelho, a mesma pessoa, lutando por Mato Grosso com muita alegria e felicidade”, emendou.
Botelho chegou a ser comunicado sobre a possibilidade de recorrer da decisão pela Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa. Contudo, o presidente decidiu que não apresentará recurso e cumprirá a decisão.
Quanto à determinação da Corte Suprema, Botelho viu com naturalidade, que vez que que, segundo ele, os entendimentos do Judiciário mudam constantemente.
"Essa questão já havia sido discutida no Supremo e julgada há um tempo. Ela permitia a Assembleia Legislativa fazer alterações na Constituição do Estado, e essa não era uma cláusula de repetição obrigatória. No entanto, o Supremo mudou o entendimento, isso é normal, eles sempre mudam alguma coisa. Cabe a nós cumprir”, disse.
Veja vídeo:
Entenda
O ministro Alexandre de Morais, do STF, atendeu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) do partido Rede Sustentabilidade. Na ação, a sigla questionou parte do artigo 24 da Constituição Estadual que permite a recondução no cargo.
Segundo o partido, a regra “prevê contínuas, indefinidas, imorais e inconstitucionais, reeleições para presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, institucionalizando-se assim o político profissional neste Estado, em desrespeito aos princípios do Estado Democrático de Direito, onde a permanência no poder já causou ao Estado de Mato Grosso e seus servidores públicos, demasiados problemas financeiros estratosféricos”.
A decisão, publicada nesta segunda-feira (22), também determina o afastamento de todos os demais membros da Mesa Diretora que já ocupavam o mesmo cargo nos biênios 2017/2018 e 2019/2020.
A decisão veda a posse de parlamentares que compuseram a Mesa nos biênios 2017/2018 e 2019/2020, nos mesmos cargos.
Leia mais sobre o assunto:
STF suspende eleição e tira Botelho da presidência da AL
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
4 Comentário(s).
|
Carlos Alberto dos Santos 23.02.21 12h53 |
Carlos Alberto dos Santos, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
Maria Antônia Pedroso 23.02.21 09h06 | ||||
A se confirmar Botelho esta eleição CASADA para a primeira-secretaria..., Voltamos a um tempo nada republicano tempo este que efetivamente não representa historicamente alternância de poder; uma afronta a sociedade a democracia. | ||||
|
Zenildo de Campos Bruno 23.02.21 05h37 | ||||
Você não deve estar tranquilo e muito menos sereno. Depois de conduzir o golpe contra os aposentados deste Estado seu deputado traidor. | ||||
|
Graci MIRANDA 22.02.21 16h50 | ||||
Alternância de poder é democrático. PQ amar tanto o poder? | ||||
|