Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
'ERREI E ESTOU ARREPENDIDO'
16.06.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Gerald Thomas se desculpa após defender Léo Lins

Diretor afirma que não conhecia teor ofensivo das piadas e diz que jamais teria apoiado

Reprodução

Retrato do diretor Gerald Thomas, no centro do Rio de Janeiro

Retrato do diretor Gerald Thomas, no centro do Rio de Janeiro

ADRIELLY SOUZA
DA FOLHAPRESS

Gerald Thomas Sievers, 70, voltou atrás após ter saído publicamente em defesa do humorista Léo Lins, condenado a oito anos de prisão por fazer piadas com teor considerado criminoso e preconceituoso.

 

O dramaturgo, conhecido por seus mais de 50 anos de carreira no teatro, usou as redes sociais para se retratar e disse estar "consternado, envergonhado e triste consigo mesmo".

 

"Fui levado pela manchete da coisa, sem saber quem era o cara. Só depois de ter publicado tudo isso é que tive consciência. Jamais deveria ter feito isso", afirmou Gerald em vídeo publicado no Instagram, ao comentar os posts anteriores em que defendia a liberdade de expressão do comediante.

 

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O diretor disse ter apagado as publicações e pediu desculpas aos que se sentiram ofendidos.

 

"Retirei os três posts que eu fiz em relação à liberdade de expressão de um humorista que, se eu tivesse prestado atenção ao conteúdo, jamais teria escrito o que escrevi", declarou. "Infelizmente, cheguei a essa conclusão tardiamente."

 

Na sequência, Gerald explicou que, ao se deparar com as manchetes sobre a pena de prisão, manifestou-se contra o que entendeu ser uma ameaça à liberdade de expressão. Segundo ele, no entanto, não havia se aprofundado sobre o conteúdo do humorista.

 

"O que eu defendi foi o direito de expressão, e não o conteúdo. Ao analisar com profundidade, é realmente uma loucura o que ele faz. É horroroso e nojento."

 

Gerald também ressaltou que seu histórico artístico é incompatível com qualquer forma de discurso de ódio. "Quem me conhece e conhece meu trabalho nos teatros sabe que eu não sou homofóbico, nazista... Justamente o contrário. Então jamais poderia defender esse tipo de horror. Estou arrependido", completou.

 

O dramaturgo reforçou que, apesar de defender o princípio da liberdade de expressão, ela não pode ser usada como escudo para disseminar discursos ofensivos ou criminosos.

 

"Não apoio o tipo de ‘piada’ que esse sujeito faz. Isso me causa repulsa. E lamento profundamente ter me precipitado sem saber de quem se tratava."

 

A fala ocorre dias depois de Léo Lins ser condenado pela Justiça de São Paulo. Em suas apresentações, o comediante já fez piadas com temas envolvendo pessoas com deficiência, minorias étnicas e vítimas de tragédias.

 

"Todos erram, e eu errei feio. Mas também é preciso saber reconhecer o erro", disse o diretor.

 

 




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