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23.08.2025 | 11h00 Tamanho do texto A- A+

Johnny Massaro interpreta homem com HIV no início da epidemia

'Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente', série da HBO Max, retrata comissários que, para salvar vidas, contrabandeavam remédio ainda proibidos no país

Guilherme Leporace/Divulgaçao

Johnny Massaro em uma cena de 'Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente'

Johnny Massaro em uma cena de 'Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente'

ADRIELLY SOUZA
DA FOLHAPRESS

Nos anos 1980, em plena efervescência cultural do Rio de Janeiro, boates, praias e rodas de samba conviviam com o avanço silencioso de uma doença ainda desconhecida.

 

A Aids chegava ao Brasil carregada de medo, estigma e manchetes carregadas de preconceito.

 

Enquanto artistas, jovens e militantes tentavam se reinventar diante da incerteza, a ausência de políticas públicas deixava famílias desamparadas.

 

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É nesse cenário que se passa "Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente", série da HBO Max em parceria com a Morena Filmes.

 

A trama, exibida em cinco episódios a partir de quinta-feira (28), acompanha um grupo de comissários de bordo que, ao perceber a falta de medicamentos no país, decide arriscar a própria vida para trazer clandestinamente o AZT, o primeiro antirretroviral aprovado no exterior.

 

A operação, feita às escondidas, salvava vidas enquanto o poder público se mantinha inerte. A narrativa é inspirada em casos reais revelado pelo jornalista Leandro Machado em uma reportagem.

 

O elenco principal reúne Johnny Massaro, Bruna Linzmeyer, Ícaro Silva, Eli Ferreira e Kika Sena.

 

Sob direção de René Sampaio e com consultoria da infectologista Márcia Rachid, a série mergulha nas nuances da amizade, do medo e da resistência numa época em que a doença era analisada sob um viés preconceituoso, a ponto de ser classificada como "peste gay".

 

A estética aposta em uma reconstrução de época detalhada: figurinos que remetem à moda oitentista, locações no centro do Rio e uma fotografia que transita entre a vibração das festas frequentadas pelos personagens e a dureza dos hospitais.

 

Johnny Massaro afirma que viver esse período na pele do personagem foi um processo transformador.

 

Ele diz que algumas cenas exigiram muito emocionalmente, sobretudo as que retratam a perda de pessoas próximas.

 

Para o ator, a série vai além da dor: fala sobre como a vida insiste em continuar, mesmo em meio ao luto.

 

"A gente precisou entender que não estávamos apenas encenando uma história de sofrimento, mas também de afeto e de resistência", conta.




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