Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
BANHEIRA DO GUGU
21.04.2019 | 08h34 Tamanho do texto A- A+

Luiza Ambiel relembra os anos 90: "Passava fome para pesar 59 kg"

Musa da década bateu um papo com a Marie Claire sobre feminismo, maturidade e beleza

Reprodução

 Luiza Ambiel, na época em que fazia a banheira do Gugu

Luiza Ambiel, na época em que fazia a banheira do Gugu

DA MARIE CLAIRE

Na  frente das câmeras desde a década de 1990, Luiza Ambiel foi a primeira modelo do quadro Banheira do Gugu, apresentado por Gugu Liberato.

 

Quase 30 anos depois, a apresentadora bateu um papo sincero com a Marie Claire: reelembrou os anos de fama, debateu o feminismo e como lida com os haters da internet.

 

Marie Claire:  Você vai completar 47 anos. O que aprendeu com a maturidade?

 

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Luiza Ambiel: A ligar o fod*-se, de vez em quando. E não falar "amém" para tudo.

 

Como você está cuidando de sua alimentação?

 

Durante a semana, procuro ser regrada e me alimentar saudavelmente, beber bastante água e dormir cedo. Mas, já no final de semana, enfio o pé na jaca.

 

Já realizou algum procedimento estético que se arrependeu?

 

Nunca, eu só corrigi o que eu não achava legal, mas sempre fiz com responsabilidade e com profissionais em que confio. Além de manter os exames sempre em dia para ver se estou com a saúde boa.

 

 

Na sua opinião, por quê a sociedade é mais cruel com a mulher envelhecendo que com o homem?

 

Nascemos em uma cultura machista, que vê o homem mais velho maduro e, com isso, mais valor. A mulher mais velha é inútil e sem valor. O homem de cabelo branco é considerado charmoso, bonito e elegante, já a mulher é desleixo. São os padrões impostos pela sociedade que só é belo quem é jovem.

 

Sobre a cultura digital, como lida com os haters da internet?

 

Antes, eu rebatia e xingava de volta. Chegava até a me divertir com as brigas, mas fui proibida por meu empresário de dar voz a eles. Então, agora me "rasgo", mas fico quieta na minha.

 

O que faz com os comentários com teor sexual que aparecem nas redes sociais?

 

Até que eu não tenho muito, mas quando vejo, apago em respeito aos meus seguidores.

 

Existe agum tipo de conteúdo que você evita postar?

 

Sim, política, religião e a minha filha.

 

Você foi uma das musas da década de 1990. Como surgiu o convite para integrar o Banheira do Gugu?

 

Foi o próprio Gugu quem me fez o convite. Eu fui a primeira, durante um bom tempo.

Naquela época, você aparecia na TV com biquíni pequenos. Você sofria com a ditadura da magreza para conseguir ficar na magra?

 

Se eu sofria? Bota sofrimento nisso. Passava muita fome para pesar 59 kg. Hoje eu como de tudo e estou com 77 kg, eu acho.

 

E os assédios que sofreu naquela época? Lembra de algum que a marcou?

 

Sim, sofri vários. O que mais me marcou e não faz muito tempo que aconteceu, foi com um ex-jogador famoso, que não posso falar quem é.

 

Recebeu convites indecentes?

 

Não só naquela época, até hoje recebo.

 

A Marie Claire prega que as mulheres devem ser o que quiserem, independentemente da sociedade. Como é a Luiza?

 

Eu sou uma mulher independente. Comecei a trabalhar como babá de duas criaças quando tinha nove anos de idade em troca de comida e de um lugar para dormir. Depois me casei aos 16 anos... Fiquei casada até os 22, me separei enquanto ainda morava no interior. Na época, isso não era bem aceito pela sociedade, então, passei a sofrer bastante preconceito. Mesmo assim, segui adiante. Então, me considero uma mulher a frente do meu tempo. E hoje, aos 46 anos, ainda recebo algumas críticas quando apareço em foto de biquíni e lingerie.

 

Qual o tipo de preconceito que sofreu na época do Banheira? Você ainda sofre?

 

Sim, ainda sofro. Algumas pessoas julgam errado, sem conhecer, sem saber da história. Julgam apenas pelo fato da pessoa ter trabalho de biquíni em uma banheira. Mentalidade arcaia. O que muita gente não sabe é que sou formada em jornalismo. Sou atriz, radialista, humorista e, agora, youtubber.

 

 

Você se considera feminista?

 

Me considero uma pessoa que luta desde a adolescência para ter meus direitos iguais aos dos homens. Não acredito que o feminismo prega ódio. Prega apenas o direito de igualdade.

 

O que falta para o Brasil ser considerado feminista?

 

Infelizmente, falta muito. Nós, mulheres, ainda temos que brigar pelo nossos espaços nas empresas, políticas, enfim... Temos que continuar lutando por igualdade.

 




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