Mariana Goldfarb fala da vida de solteira após relação abusiva

A modelo Mariana Goldfarb, de 35 anos, usou as redes sociais para falar sobre a “vida de solteira” após passar por um relacionamento abusivo e aproveitou para fazer um longo desabafo.

Sem citar nomes, a ex-mulher de Cauã Reymond (a relação começou em 2019 e terminou em 2023) revelou que está encontrando bastante dificuldade para se relacionar  de maneira séria atualmente:

“Escutei um negócio ontem que tenho escutado bastante e está me enchendo o saco 一 o que significa que está mexendo comigo 一, que foi: ‘Nossa, tão bonita, legal, independente… por que está solteira?’. Escuto muito isso”, começou ela. 

Mariana acrescentou: “Tenho medo de ficar sozinha, só que o medo que tenho de ficar sozinha não é maior que os meus valores e do que procuro em um relacionamento. Não é nem em uma pessoa, porque a gente não encontra tudo que a gente quer em uma pessoa, e a gente também não oferece esse arsenal de coisas que a outra pessoa requer”, continuou.

A modelo revelou que antes “era mais fácil” se relacionar: 

“O que busco em uma relação e também em outra pessoa não é trivial, tem muitas coisas envolvidas. Não posso falar de como era antigamente, porque a minha época é essa. Mas posso dizer que o que busco mudou muito. Antes, com certeza, era mais fácil estar em relacionamentos, porque eu não sabia o que queria, e hoje eu sei. E hoje sei, principalmente, mais do que quero, o que eu não quero. E o que eu não quero é inegociável. Acho que é um lugar-comum das mulheres que saíram de uma situação de violência e conseguiram quebrar [o ciclo] e sair de um casamento, se divorciar, dar um passo em direção a outro lugar…”, refletiu.

“A nossa régua fica mais alta, porque o que a gente teve que fazer e mover internamente para conseguir ultrapassar esses lugares tão áridos e esse deserto, e cavar o buraco e encontrar vida, encontrar água, foi um esforço tão grande, que o nosso instinto de autopreservação e de autocuidado fica muito aflorado, muito acima da média 一 principalmente se essa mulher continua se trabalhando. Porque se ela não continua se trabalhando, a chance de cair em situações similares ou iguais, só mudando o personagem, é enorme. Mas, se essa mulher continua se trabalhando, se instruindo, se estudando e estudando o mundo, ela vai ficando cada vez mais crítica e seletiva”, explicou.

“Soma isso às mulheres cada vez mais independentes, autônomas e donas de si. Vai ficando mais difícil mesmo. Então, claro que quero um amor. É óbvio. Quem não quer?! Acho que isso é a melhor coisa da vida: um amor recíproco, saudável, que construa. Um amor que floresça, frutifique. Mas enquanto isso não acontecer, não vou aceitar nada menos. Não vou. Não vou me acomodar, ou entrar em um lugar muito menor do que eu só para estar em um relacionamento. Isso não vai acontecer”, declarou.

Mariana disse ainda que fica se perguntando se o que ela busca existe realmente:

“Às vezes fico me questionando: ‘Será que isso vai acontecer? Será que isso existe? Será que o que eu quero existe?’. E será que, quando existir, quando eu conhecer essa pessoa, eu vou baixar a guarda? Porque a minha guarda está muito armada. Então, fico pensando: ‘Será que vou conseguir baixar a guarda e estar em uma relação saudável? Porque ninguém fala sobre isso, mas mais difícil do que sair de uma relação não saudável é estar em uma relação saudável. A gente não está habituado ao que é bom. Nosso corpo não está e ele não se encaixa muito bem no que não desperta aqueles gatilhos que a gente estava acostumada a ter. Então, é uma equação difícil”, ponderou.

“Porque também já conheci várias pessoas legais, e é verdade, existem mesmo. Conheci várias pessoas legais que também não consegui nem [começar algo] acho que por conta desse meu instinto tão forte de autopreservação. Mas sobrevivi a isso, passei por isso, me construí, estou na minha casa… ninguém vai chegar perto. Não dá para ninguém chegar perto disso aqui, dessa fortaleza, dessa segurança que construí para mim. Mas, ao mesmo tempo é tão bom amar”, prosseguiu.

A modelo completou: “Hoje, tenho minha liberdade, minha autonomia, minha independência financeira, meu ir e vir não é negociável. Acho que tenho quase tudo que sempre quis na minha vida. Mas acho que posso ter tudo isso também compartilhado. [...] Acho que comecei a falar, porque entendo que muitas passam pela mesma situação. Acho que é um lugar-comum de muitas de nós”, finalizou.

Fonte: https://cenapop.uol.com.br/noticias/famosos/mariana-goldfarb-solteira-desabafo.html