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SUPEROU PRECONCEITO
08.03.2017 | 17h25 Tamanho do texto A- A+

Mulher paraplégica redescobre sexualidade: "Outras áreas são sensíveis"

"Meu cérebro ainda recebe sensações de prazer"

Reprodução

Ilustração

Em 2010, durante a própria despedida de solteira, a americana Rachelle Friedman Chapman foi empurrada na piscina pela melhor amiga. A brincadeira, porém, terminou em tragédia: Rachelle caiu em uma parte mais rasa da piscina e bateu a cabeça no fundo, quebrando o pescoço.

 

Mais tarde, descobriu que o acidente tinha causado danos na coluna cervical, deixando-a paraplégica. Sem poder mover nada do peito para baixo nem as pontas dos dedos, a vida de Rachelle sofreu uma reviravolta que poderia facilmente levá-la a desistir de seguir seus sonhos, mas não foi o que aconteceu.

 

Simpática e dona de uma personalidade bastante expansiva, Rachelle se casou com seu então noivo Chris um ano depois do tornar-se paraplégica e chamou atenção da mídia, tornando-se conhecida como “the paralyzed bride” (a noiva paralisada).

 

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Fadada a viver em uma cadeira de rodas, a americana passou a perceber coisas das quais não tinha conhecimento até então. Ao Delas, a mulher fala sobre o preconceito que a sociedade tem a respeito de sexualidade de pessoas com mobilidade reduzida.

 

“As pessoas assumem que as que estão em uma cadeira de rodas são muito diferentes e não as veem como parceiros ideais”, explica. À “People” em 2014, ela disse que isso fez com que ela se sentisse insegura. “Você começa a olhar para si mesma e dizer ‘não gosto disso em mim, não gosto daquilo em mim’”.

 

Rachelle tornou-se paraplégica após um acidente durante a própria despedida de solteira

 

Em 2015, porém, Rachelle voltou a virar notícia após participar de um ensaio sensual. “Fiz isso para iniciar uma discussão sobre deficiências e sexualidade ”, explica ao Delas.

 

Para fazer as fotos em que aparece provocante usando lingerie, ela decidiu manter o cateter que normalmente usa para ajudá-la com as necessidades fisiológicas.

 

Vida sexual ativa

 

Outra impressão que normalmente se tem a respeito de pessoas paraplégicas é a de que elas não têm uma vida sexual . Rachelle explica que, antes do acidente, ela e o marido eram bastante ativos sexualmente.

 

“Eu tinha orgasmos todos os dias. Chris foi a primeira pessoa com quem eu estive e eu amava explorar com ele”, revela. Após o acidente , porém, alguns aspectos da vida sexual do casal precisaram mudar.

 

A americana conta que ela não consegue mais ter orgasmos como costumava ter, mas que seu cérebro ainda recebe sinais do prazer. Mesmo parcialmente paralisada, outras partes do corpo dela ainda são sensíveis ao toque e, hoje, ela e o marido exploram áreas como o pescoço de Rachelle para que ela sinta prazer.

 

“Definitivamente, foi uma jornada. Eu fui sortuda de ter um parceiro com quem me sinto segura, alguém com quem poderia testar novas coisas”, explica.

 

Cinco anos após tornar-se paraplégica, Rachelle teve sua primeira filha, fruto de uma gravidez de barriga de aluguel e hoje vive uma vida normal, praticando esportes, cozinhando e fazendo o máximo para conscientizar pessoas sobre condições como a dela.

 

Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/2017-03-08/paraplegica-sexo.html




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