São pouco mais de 7h na Paróquia São Miguel Arcanjo, no Belenzinho, zona leste de São Paulo, quando três cachorros param enfileirados diante da porta sem entrar no prédio.
Eles seguem um homem vestido com um macacão azul da cabeça aos pés.
Conhecido como Bahia, 43, ele veio do estado que lhe rendeu o apelido há oito anos, período em que vive em situação de rua e depende de álcool e crack.
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Bahia aguardava o padre Júlio Lancellotti, 76, terminar de celebrar a missa.
É um dos mais de 300 atendidos pelo Café do Padre, projeto que, de segunda a sexta, distribui café e pão a pessoas em situação de rua.
Agora, Lancellotti quer ampliar o leque de atividades voltadas a esse público, com um ateliê que produz canecas com slogans antifascistas e o lançamento de uma academia para ajudar no combate aos vícios.
Vendas por marketplace e academia contra vícios
O marketplace, que comercializa produtos antifascistas, nasceu literalmente na "fila do pão" distribuído pelo padre.
Foi ali que a equipe de voluntários encontrou três pessoas em situação de rua interessadas em participar do Ateliê Santa Rosa de Lima, do Instituto Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, parceiro de Lancellotti.
No espaço, também no Belenzinho, eles recebem alimentação e aprendem a diagramar logos e imagens que são estampados em canecas vendidas pelo Mercado Livre.
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