O ator e cantor Thiago Martins, 36, compartilhou nas redes sociais que passou por um tratamento contra a histoplasmose e que está curado da doença.
Martins foi diagnosticado em julho. Em relato no Instagram, ele contou que uma área de inflamação no pulmão esquerdo foi detectada por meio de exames de imagem.
Segundo os médicos, o quadro estava relacionado a uma infecção por fungo (histoplasmose).
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
Ao longo do tratamento, Martins precisou alterar a rotina e ficar de repouso. No caso do ator, a doença se disseminou e atingiu especialmente as articulações do joelho direito, cuja inflamação exigiu tratamento medicamentoso e fisioterapia. Em conjunto, ele passou pelo tratamento com antifúngicos.
"Agosto foi embora e me levou 10 quilos com ele, porém me deu a possibilidade de voltar aos treinos", escreveu.
No início de setembro, o cantor compartilhou que estava curado. "Setembro já chegou com o pé na porta! Me dando de presente uma alta. 'Simmmmm' o fungo SUMIU! Não tenho mais histoplasmose", publicou.
Entenda a doença
A histoplasmose pulmonar é causada pela inalação de esporos do fungo Histoplasma capsulatum. Eles podem estar em fezes de morcegos e aves, solo contaminado, além de frutas ou árvores com as partículas.
Por isso, também é conhecida como "doença do morcego" ou "doença das cavernas". Segundo o Ministério da Saúde, não há transmissão entre pessoas, e nem de animais para o ser humano.
A porta de entrada da doença é pelas vias respiratórias, se alojando no pulmão. Com a progressão, a histoplasmose pode se espalhar para outras partes do corpo. A gravidade da doença depende do tempo de exposição ao fungo e da quantidade inalada.
Na forma aguda, a doença manifesta-se com sintomas respiratórios. O conjunto de tosse seca, febre, fraqueza e falta de ar pode fazer com que a histoplasmose seja confundida com pneumonia.
Quando a doença se dissemina, a infecção se agrava. A histoplasmose sai do pulmão e vai para o sangue, se alojando em outros órgãos, como fígado, baço e medula óssea. Nestes casos, os sintomas são: febre prolongada, calafrio, aumento do baço e fígado, aumento de linfonodos, perda de peso e mais comprometimento da imunidade. O cenário, agora, pode ser confundido com a tuberculose.
O tratamento depende da fase da doença. De forma geral, os médicos podem realizar exames laboratoriais, tanto pelo sangue quanto pela secreção respiratória. A confirmação diagnóstica é feita por meio do isolamento do fungo —o que pode demorar cerca de quatro semanas.
Devido à demora do resultado do exame, quando há a suspeita de infecção por fungo, a equipe médica avalia um eventual tratamento com antifúngicos. O tratamento com medicamento pode ser feito de forma intravenosa ou via oral, e pode se estender até meses depois do diagnóstico. O tratamento adequado deve ser iniciado o mais rápido possível, já que, caso não seja tratada, a histoplasmose pode matar rapidamente.
Todos os dias, entramos em contato com esporos de fungos potencialmente patogênicos. Na maior parte dos casos, o sistema imunológico, a defesa do corpo, "dá conta" do agente. Para quem tem a imunidade já comprometida, no entanto, estas unidades reprodutivas do fungo podem afetar o organismo.
Além de pessoas com imunodeficiência, existem outros grupos de risco em relação à histoplasmose. São eles: pessoas que trabalham dentro de cavernas; pessoas que criam pássaros e outras aves, sobretudo em áreas rurais; e trabalhadores rurais, que geralmente são expostos a grandes quantidades do fungo.
A principal medida de prevenção e controle é evitar a exposição direta ao fungo, com a utilização de EPIs (equipamentos de proteção individual). Trabalhadores rurais, profissionais que atuam em escavação de solo, terraplanagem e manipulação de aves, assim como profissionais que atuam em cavernas e grutas devem fazer uso de máscaras, segundo orientação do Ministério da Saúde.
0 Comentário(s).
|