Denúncia é mais um caso de roubo a Mato Grosso, diz Taques

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que a denúncia envolvendo um suposto pagamento de propina de R$ 4 milhões por parte da empresa Caramuru Alimentos para ser beneficiada com incentivos fiscais em Mato Grosso é mais um dos casos de roubo ao Estado.

O esquema teria beneficiado o irmão e a cunhada do candidato à Prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), Marco Polo Pinheiro, o “Popó”, e Bárbara Pinheiro, e foi trazido à tona pelo candidato Wilson Santos (PSDB).

Isso tem que ser investigado, pois roubaram Mato Grosso nos incentivos fiscais. Esse é um dos casos

“Isso tem que ser investigado, pois roubaram Mato Grosso nos incentivos fiscais. Esse é um dos casos”, disse Taques na manhã desta terça-feira (25), durante vistoria da obra de duplicação da MT-251, que conecta Cuiabá a Chapada dos Guimarães.

Em um dossiê entregue à Delegacia Fazendária (Defaz), o candidato Wilson Santos anexou uma gravação em que Bárbara Pinheiro afirma ter procurado um promotor do MPE, identificado como Sérgio, para fazer a denúncia.

No áudio, ela disse que teria sido orientada a retornar ao órgão após o período eleitoral.

O governador Pedro Taques afirmou que conhece os dois promotores do Ministério Público chamados Sérgio - o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, e o promotor de Justiça Sérgio Silva Costa, do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Administração Pública e da Ordem Tributária - e afirmou que ambos são pessoas sérias.

No entanto, o governador reiterou que o caso merece investigação.

“Os dois promotores que recebem o nome de Sérgio aqui em Cuiabá, eu os conheço, são pessoas sérias e decentes. Agora, uma coisa é isso. Outra coisa é que o fato é grave e precisa ser investigado”, disse.

“O governador não manda na polícia, quem manda na polícia é o secretário de Segurança Pública. Isso tem que ser investigado”, completou.

Denúncia “mentirosa”

Na última segunda-feira (24), o MPE, por meio de nota, negou que os promotores Antônio Sérgio Cordeiro Piedade e Sérgio Silva Costa tenham sido procurados por Bárbara Pinheiro.

 “Ambos negam veementemente que tenham recebido Bárbara Pinheiro para atendimento ou recebimento de denúncia ou qualquer documento”, diz trecho do documento.

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