O ex-secretário de Saúde Huark Correa e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer, presos durante a Operação Sangria, foram transferidos para uma unidade militar em Cuiabá.
A transferência foi autorizada pela juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal da Capital.
Os três foram presos no dia 30 de março e estavam no Centro de Custódia da Capital (CCC), unidade destinada a abrigar presos temporários ou condenados com ensino superior.
O grupo é alvo da Operação Sangria, que investiga um esquema de monopolização do sistema de saúde tanto na Prefeitura de Cuiabá quanto no Governo do Estado.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública, os médicos deixaram o CCC na sexta-feira (19).
A princípio a informação era de que eles estariam no Corpo de Bombeiros. A informação, no entanto, não foi confirmada pela corporação.
A transferência do grupo acatou uma determinação judicial proferida na semana passada. O processo segue em segredo de justiça, e por isso, não se sabe o motivo da transferência.
A reportagem entrou em contato com a defesa dos três, feita pelo advogado Hélio Nishiyama, mas não obteve retorno.
Desistência do HC
No início deste mês o grupo de médicos ingressou com o pedido de cancelamento de habeas corpus do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nos bastidores, a desistência sinaliza que vários acusados já estão se preparando para tentar formalizar acordo de delação premiada.
Operação Sangria
Deflagrada pela Delegacia Fazendária, a operação é um desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o Município de Cuiabá e o Estado.
No esquema, são denunciados o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, o ex-adjunto da Pasta Flávio Alexandre Taques da Silva, além de Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
O delegado Lindomar Aparecido Tofoli explicou que no transcorrer das investigações do inquérito principal, ficou constatado que o grupo criminoso teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas a testemunhas.
“O que chama a atenção é que atos totalmente reprováveis estão sendo cometidos por alguns membros da organização criminosa no intuito de ocultar, destruir provas, limpando gavetas, coagindo testemunhas, usando da influência política e econômica para interferir diretamente no cumprimento de contratos provenientes de processos licitatórios”, disse o delegado.
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1 Comentário(s).
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Fernando 22.04.19 13h18 |
Fernando, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |