Cuiabá, Domingo, 6 de Julho de 2025
ALVOS DA SANGRIA
22.04.2019 | 11h13 Tamanho do texto A- A+

Investigados deixam CCC e são transferidos para unidade militar

O grupo é alvo da Operação Sangria, que investiga um esquema de monopolização do sistema de saúde

Alair Ribeiro/MídiaNews

O ex-secretário de Saúde do município, Huark Douglas que está preso desde o dia 30 de março

O ex-secretário de Saúde do município, Huark Douglas que está preso desde o dia 30 de março

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O ex-secretário de Saúde Huark Correa e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer, presos durante a Operação Sangria, foram transferidos para uma unidade militar em Cuiabá.

 

A transferência foi autorizada pela juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal da Capital. 

 

Os três foram presos no dia 30 de março e estavam no Centro de Custódia da Capital (CCC), unidade destinada a abrigar presos temporários ou condenados com ensino superior. 

 

O grupo é alvo da Operação Sangria, que investiga um esquema de monopolização do sistema de saúde tanto na Prefeitura de Cuiabá quanto no Governo do Estado.

 

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública, os médicos deixaram o CCC na sexta-feira (19).

 

A princípio a informação era de que eles estariam no Corpo de Bombeiros. A informação, no entanto, não foi confirmada pela corporação. 

 

A transferência do grupo acatou uma determinação judicial proferida na semana passada. O processo segue em segredo de justiça, e por isso, não se sabe o motivo da transferência.

 

A reportagem entrou em contato com a defesa dos três, feita pelo advogado Hélio Nishiyama, mas não obteve retorno.

 

Desistência do HC

 

No início deste mês o grupo de médicos ingressou com o pedido de cancelamento de habeas corpus do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

Nos bastidores, a desistência sinaliza que vários acusados já estão se preparando para tentar formalizar acordo de delação premiada.

 

Operação Sangria

 

Deflagrada pela Delegacia Fazendária, a operação é um desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o Município de Cuiabá e o Estado.

 

No esquema, são denunciados o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, o ex-adjunto da Pasta Flávio Alexandre Taques da Silva, além de Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.

 

O delegado Lindomar Aparecido Tofoli explicou que no transcorrer das investigações do inquérito principal, ficou constatado que o grupo criminoso teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas a testemunhas.

 

“O que chama a atenção é que atos totalmente reprováveis estão sendo cometidos por alguns membros da organização criminosa no intuito de ocultar, destruir provas, limpando gavetas, coagindo testemunhas, usando da influência política e econômica para interferir diretamente no cumprimento de contratos provenientes de processos licitatórios”, disse o delegado.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Ex-secretário de Saúde e dois médicos desistem de HC no STJ

 

MPE pede que investigação da Sangria vá para a Justiça Federal

 

TJ manda soltar 4 do “núcleo subalterno” e impõe tornozeleira

 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
1 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Fernando  22.04.19 13h18
Fernando, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas