O Tribunal de Justiça de Mato Grosso acolheu parecer do Ministério Público Estadual e decidiu manter, na Comarca de Sorriso, o júri popular de Gilberto Rodrigues dos Anjos, acusado de cometer quatro homicídios qualificados e três estupros de vulnerável. Os crimes ocorreram no dia 24 de novembro de 2024, no município de Sorriso (420 km de Cuiabá).
O crime aconteceu em 24 de novembro de 2023 e vitimou todas as mulheres da família Calvi Cardoso. Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, foram brutalmente assassinadas. Os corpos só foram encontrados três dias depois.
A decisão judicial foi embasada no parecer do procurador de Justiça João Augusto Veras Gadelha, da Procuradoria Criminal Especializada do MPE, que se manifestou pela improcedência do pedido de desaforamento apresentado pela defesa do réu. Segundo o Ministério Público, não há justificativa legal para a mudança de comarca, assegurando que o julgamento deve ocorrer no local onde os crimes foram praticados.
O procurador ainda descartou que a transferência do acusado para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, comprove algum tipo de risco iminente no contexto do julgamento. E lembrou que o próprio juízo da comarca de Sorriso não se manifestou contrariamente à realização do julgamento na cidade.
O caso
Na noite de 24 de novembro de 2023, Gilberto dos Anjos invadiu a casa da família Cardoso e assassinou cruelmente as vítimas.
Durante o tempo em que permaneceu na casa após feri-las, o pedreiro estuprou a mãe, a filha mais velha e a adolescente, enquanto ainda estavam vivas, e depois foi embora levando a calcinha da menor.
Ele foi preso em flagrante na mesma manhã em que os corpos foram encontrados, e confessou.
Atualmente, Gilberto está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
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