Cuiabá, Domingo, 26 de Outubro de 2025
MANIFESTAÇÃO
15.05.2019 | 15h46 Tamanho do texto A- A+

Ato contra cortes na Educação reúne cerca de 5 mil pessoas, diz PM

Protesto tem a participação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso

Divulgação/Sintep

O protesto começou na Praça Alencastro, em Cuiabá

O protesto começou na Praça Alencastro, em Cuiabá

JAD LARANJEIRA E BRUNA BARBOSA
DA REDAÇÃO

Estudantes e professores se reuniram na tarde desta quarta-feira (15), na Praça Alencastro, para protestar contra o contingenciamento de recursos para a Educação, anunciado na semana passada pelo Governo Federal.

 

O protesto - que também acontece em vários municípios brasileiros - reúne em Cuiabá pelo menos 5 mil estudantes das redes municipal, estadual e federal, segundo a Polícia Militar e o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).

 

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), foram contingenciados 24,84% do seu orçamento. Em Mato Grosso, houve retenção de R$ 31,8 milhões do orçamento do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Já a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) perdeu R$ 34 milhões.

 

Com palavras de ordem como “Bolsonaro, fala a verdade, a Educação nunca foi prioridade”, os manifestantes deixaram a praça e percorreram toda Avenida Getúlio Vargas, passando pela Isaac Póvoas e posteriormente retornaram para a Praça Alencastro. 

 

Em todo e qualquer país desenvolvido do mundo, o pontapé inicial sempre foi incentivar e investir muito na pesquisa. Então, quando você adota uma política dessa aqui no Brasil, você vai contra toda política que os países desenvolvidos adotaram

O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, esteve presente na caminhada e criticou o corte na Educação. De acordo com ele, a medida do Governo Federal irá mexer com a estrutura brasileira.

 

“É um desmonte total para a educação pública. Mexe com a própria estrutura do Brasil em relação à pesquisa e extensão. Em todo e qualquer país desenvolvido do mundo, o pontapé inicial sempre foi incentivar e investir muito na pesquisa. Então, quando você adota uma política dessa aqui no Brasil, você vai contra toda política que os países desenvolvidos adotaram”, disse.

 

O coordenador-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFMT, Wiliam Vieira, também lamentou a possibilidade da universidade fechar as portas e o contigenciamento dos R$ 34 milhões.

 

“Hoje a UFMT parou. Não teve aula, junto com os técnicos e professores. Porque agora isso está mexendo com a nossa vida. Não é só mais um restaurante universitário, que é pelo que a gente lutou algum tempo atrás. Agora é pela manutenção das portas abertas da universidade. Eu acho que hoje trouxemos comoção, trouxemos revolta e indignação. Agora, a gente está presente na luta”, afirmou William.

 

Diversos alunos e docentes do IFMT também estiveram presentes no ato.

 

“Eu estou aqui representando toda população. Nós somos professores, não somos técnicos. Somos a população que precisa de uma educação pública de qualidade. O IFMT está aqui em peso. Nós estamos aqui para lutar”, disse Adriana Rocha, representante do IFMT.

 

 

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alexandre  16.05.19 12h29
Se você ainda acha que o governo vai cortar 30% do orçamento da educação, pare e leia o que escrevi aqui, porque provavelmente você está sendo enganado. Vamos começar pelo começo: No Brasil, o orçamento da educação pode ser dividido basicamente em duas partes: nos gastos obrigatórios e nos gastos discricionários. Os gastos obrigatórios são aqueles que, goste o reitor ou não, devem ser gastos com suas especificações, o que inclui salários e aposentadorias, e até mesmo o “bandeijão” para o alunato se alimentar. Já os gastos discricionários são a parcela do orçamento que a universidade pode alocar conforme sua gestão entender. Para se ter uma noção, aproximadamente 88% do orçamento das universidades no Brasil são de gastos obrigatórios, ou seja, 88% do orçamento não são passíveis de cortes e devem ser gastos. Os outros 12% restantes do orçamento são os gastos discricionários, que ficam a critério de cada universidade. E onde entra essa história de cortes? No ano passado, o governo de Michel Temer aprovou um orçamento que considerava como cenário-base um crescimento de 2,5% do PIB. Ou seja, o orçamento estava contando com receita tributária de uma economia mais aquecida, isto é, que estivesse pagando mais impostos e arrecadando mais. Só que... sim, você acertou: não estamos crescendo o esperado! Na verdade, nosso crescimento projetado para este ano acabou de ser revisado para 1,5% do PIB. Leia-se: o governo vai arrecadar menos do que esperava. E, se no orçamento as despesas estavam preparadas para mais receita, agora, deverão se adequar. O que fez o governo? Um contingenciamento. Contingenciar despesas não significa cortar: significa que os gastos que estavam previstos devem ser segurados e retardados, porque a receita de fato foi menor do que a receita prevista. Cortar significa que ontem tinha e hoje não tem mais, independente de haver receita ou não. Contingenciar significa segurar o gasto até que a receita se realize. E onde o governo contingenciou? Onde ele pode: nos gastos discricionários. Quando falaram em “corte de 30% nas universidades”, na verdade, houve um erro conceitual: trata-se de um contingenciamento de 30% sobre os 12% de gastos discricionários: ou seja, de fato, algo entre 3,5% do orçamento da universidade. A conta é simples: (100%-88%) x 30%. “Ah, mas não pode cortar da educação” Pois é, cara pálida, você acabou de descobrir que o Brasil está dançando na beira do abismo: o modelo atual de previdência está tão desequilibrado que está engolindo o orçamento federal. Só que previdência é gasto obrigatório. Então, perceba: ou a gente alivia parte do orçamento reformando a previdência, ou esses contingenciamentos tornar-se-ão cortes e serão cada vez mais frequentes. Agora, me diz: se você estava esperando ganhar R$ 10 mil de salário e se planeja para gastar R$ 10 mil, mas, de repente, descobre que você vai ganhar R$ 8 mil, você corta seu orçamento doméstico ou vai pra rua fazer greve?
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marisa   15.05.19 18h00
ESSES ESTUDANTES DEVERIAM IR ATRÁS ONDE FOI PARAR OS DESVIOS DAS UNIVERSIDADES, DO QUE FAZEREM MANIFESTAÇAO. VÃO PRA AULA, ESTUDEM, PODEM VER SINDICATOS ENVOLVIDO, CUT. SÓ ATRAPALHANDO. CONTRA O BRASIL. ACABOU A MAMATA,
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Paulo Cesar  15.05.19 17h32
Onde estava essa turma quando o Governo do PT cortou recursos da educação? e não foi contingenciamento mas corte mesmo. Bandeira da CUT e outros pedindo lula livre não vejo como manifestação pela falida educação.
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Rosângela Rodrigues De Souza  15.05.19 17h29
A pauta da educação é só um pretexto para protestar contra a reforma da Previdência, contra Bolsonaro e, de quebra, pedir Lula Livre.
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Mairo  15.05.19 17h04
Tô vendo só petista, MST e CUT aí. Cadê os alunos?
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