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Estudantes e professores se reuniram na tarde desta quarta-feira (15), na Praça Alencastro, para protestar contra o contingenciamento de recursos para a Educação, anunciado na semana passada pelo Governo Federal.
O protesto - que também acontece em vários municípios brasileiros - reúne em Cuiabá pelo menos 5 mil estudantes das redes municipal, estadual e federal, segundo a Polícia Militar e o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), foram contingenciados 24,84% do seu orçamento. Em Mato Grosso, houve retenção de R$ 31,8 milhões do orçamento do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Já a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) perdeu R$ 34 milhões.
Com palavras de ordem como “Bolsonaro, fala a verdade, a Educação nunca foi prioridade”, os manifestantes deixaram a praça e percorreram toda Avenida Getúlio Vargas, passando pela Isaac Póvoas e posteriormente retornaram para a Praça Alencastro.

O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, esteve presente na caminhada e criticou o corte na Educação. De acordo com ele, a medida do Governo Federal irá mexer com a estrutura brasileira.
“É um desmonte total para a educação pública. Mexe com a própria estrutura do Brasil em relação à pesquisa e extensão. Em todo e qualquer país desenvolvido do mundo, o pontapé inicial sempre foi incentivar e investir muito na pesquisa. Então, quando você adota uma política dessa aqui no Brasil, você vai contra toda política que os países desenvolvidos adotaram”, disse.
O coordenador-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFMT, Wiliam Vieira, também lamentou a possibilidade da universidade fechar as portas e o contigenciamento dos R$ 34 milhões.
“Hoje a UFMT parou. Não teve aula, junto com os técnicos e professores. Porque agora isso está mexendo com a nossa vida. Não é só mais um restaurante universitário, que é pelo que a gente lutou algum tempo atrás. Agora é pela manutenção das portas abertas da universidade. Eu acho que hoje trouxemos comoção, trouxemos revolta e indignação. Agora, a gente está presente na luta”, afirmou William.
Diversos alunos e docentes do IFMT também estiveram presentes no ato.
“Eu estou aqui representando toda população. Nós somos professores, não somos técnicos. Somos a população que precisa de uma educação pública de qualidade. O IFMT está aqui em peso. Nós estamos aqui para lutar”, disse Adriana Rocha, representante do IFMT.
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9 Comentário(s).
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| alexandre 16.05.19 12h29 | ||||
| Se você ainda acha que o governo vai cortar 30% do orçamento da educação, pare e leia o que escrevi aqui, porque provavelmente você está sendo enganado. Vamos começar pelo começo: No Brasil, o orçamento da educação pode ser dividido basicamente em duas partes: nos gastos obrigatórios e nos gastos discricionários. Os gastos obrigatórios são aqueles que, goste o reitor ou não, devem ser gastos com suas especificações, o que inclui salários e aposentadorias, e até mesmo o “bandeijão” para o alunato se alimentar. Já os gastos discricionários são a parcela do orçamento que a universidade pode alocar conforme sua gestão entender. Para se ter uma noção, aproximadamente 88% do orçamento das universidades no Brasil são de gastos obrigatórios, ou seja, 88% do orçamento não são passíveis de cortes e devem ser gastos. Os outros 12% restantes do orçamento são os gastos discricionários, que ficam a critério de cada universidade. E onde entra essa história de cortes? No ano passado, o governo de Michel Temer aprovou um orçamento que considerava como cenário-base um crescimento de 2,5% do PIB. Ou seja, o orçamento estava contando com receita tributária de uma economia mais aquecida, isto é, que estivesse pagando mais impostos e arrecadando mais. Só que... sim, você acertou: não estamos crescendo o esperado! Na verdade, nosso crescimento projetado para este ano acabou de ser revisado para 1,5% do PIB. Leia-se: o governo vai arrecadar menos do que esperava. E, se no orçamento as despesas estavam preparadas para mais receita, agora, deverão se adequar. O que fez o governo? Um contingenciamento. Contingenciar despesas não significa cortar: significa que os gastos que estavam previstos devem ser segurados e retardados, porque a receita de fato foi menor do que a receita prevista. Cortar significa que ontem tinha e hoje não tem mais, independente de haver receita ou não. Contingenciar significa segurar o gasto até que a receita se realize. E onde o governo contingenciou? Onde ele pode: nos gastos discricionários. Quando falaram em “corte de 30% nas universidades”, na verdade, houve um erro conceitual: trata-se de um contingenciamento de 30% sobre os 12% de gastos discricionários: ou seja, de fato, algo entre 3,5% do orçamento da universidade. A conta é simples: (100%-88%) x 30%. “Ah, mas não pode cortar da educação” Pois é, cara pálida, você acabou de descobrir que o Brasil está dançando na beira do abismo: o modelo atual de previdência está tão desequilibrado que está engolindo o orçamento federal. Só que previdência é gasto obrigatório. Então, perceba: ou a gente alivia parte do orçamento reformando a previdência, ou esses contingenciamentos tornar-se-ão cortes e serão cada vez mais frequentes. Agora, me diz: se você estava esperando ganhar R$ 10 mil de salário e se planeja para gastar R$ 10 mil, mas, de repente, descobre que você vai ganhar R$ 8 mil, você corta seu orçamento doméstico ou vai pra rua fazer greve? | ||||
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| marisa 15.05.19 18h00 | ||||
| ESSES ESTUDANTES DEVERIAM IR ATRÁS ONDE FOI PARAR OS DESVIOS DAS UNIVERSIDADES, DO QUE FAZEREM MANIFESTAÇAO. VÃO PRA AULA, ESTUDEM, PODEM VER SINDICATOS ENVOLVIDO, CUT. SÓ ATRAPALHANDO. CONTRA O BRASIL. ACABOU A MAMATA, | ||||
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| Paulo Cesar 15.05.19 17h32 | ||||
| Onde estava essa turma quando o Governo do PT cortou recursos da educação? e não foi contingenciamento mas corte mesmo. Bandeira da CUT e outros pedindo lula livre não vejo como manifestação pela falida educação. | ||||
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| Rosângela Rodrigues De Souza 15.05.19 17h29 | ||||
| A pauta da educação é só um pretexto para protestar contra a reforma da Previdência, contra Bolsonaro e, de quebra, pedir Lula Livre. | ||||
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| Mairo 15.05.19 17h04 | ||||
| Tô vendo só petista, MST e CUT aí. Cadê os alunos? | ||||
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