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21.12.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Dermatologista defende rosto neutro: “Desequilíbrio é preocupante”

Referência no estado, Natasha Crepaldi alerta sobre o impacto dos filtros digitais na autoestima

Victor Ostetti/MidiaNews

A médica Natasha Crepaldi, cujo nome é sinônimo de inovação em dermatologia no estado

A médica Natasha Crepaldi, cujo nome é sinônimo de inovação em dermatologia no estado

PIETRA NÓBREGA
DA REDAÇÃO

"A dermatologia do futuro não será sobre mudar rostos, mas sobre mantê-los saudáveis e naturais." A afirmação da médica dermatologista Natasha Crepaldi, uma das maiores referências de Mato Grosso, vai na contramão de um mercado muitas vezes movido por modismos extremos e o excesso de procedimentos estéticos.

 

Existe um limite muito tênue entre nós, pessoas comuns, e quem vive da própria imagem

Com 15 anos de atuação no estado e frequentadora assídua dos maiores centros de inovação estética da Ásia, ela traz na bagagem não apenas equipamentos de última geração, como o revolucionário "ferro de passar roupa" da pele conhecido como Volnewmer, uma tecnologia coreana, mas também um insight cultural crucial: a busca por um "rosto neutro", que transmita saúde e vitalidade sem apagar a identidade.

 

Em entrevista ao exclusiva ao MidiaNews, ela revelou as tecnologias que serão tendência em 2026, desde equipamentos revolucionários de radiofrequência e inteligências artificiais para diagnóstico até protocolos combinados que prometem um "lifting total" sem cortes.

 

Crepaldi alertou também, sobre os riscos da distorção entre o real e o digital, e defendeu uma abordagem mais consciente e individualizada da beleza – onde a inteligência artificial é uma aliada, não uma ditadora. 

 

Confira os principais trechos da entrevista:

 

MidiaNews – Doutora, neste ano a cantora Anitta surgiu publicamente com dois novos visuais faciais, sendo um deles muito recente, o que reacendeu debates nas redes sociais. Até que ponto mudanças rápidas e evidentes na estrutura do rosto podem sinalizar ou até estimular questões como desmorfia corporal ou uma relação pouco saudável com procedimentos estéticos? Qual é a sua avaliação sobre isso?

 

Natasha Crepaldi – Existe um limite muito tênue entre nós, pessoas comuns, e quem vive da própria imagem. Celebridades como a Anitta são figuras públicas e trabalham diretamente com visibilidade. Muitas vezes, essas mudanças fazem parte de estratégias de marketing, de reposicionamento de imagem ou lançamento de projetos.


O problema é quando isso influencia negativamente pessoas que não têm uma autoestima bem estruturada ou um senso crítico mais consolidado. Aí entra o nosso papel — o seu, no jornalismo, e o meu, como médica — de conscientizar. Uma coisa é alguém que trabalha com imagem usar uma transformação radical como estratégia profissional. Outra é o público tentar reproduzir isso em uma busca incessante por algo que não será encontrado em procedimentos estéticos.


Hoje, encaro o rejuvenescimento muito mais como um retorno à neutralidade do rosto, preservando as características individuais. Neutralidade é não parecer constantemente cansado, triste ou bravo, e sim transmitir uma expressão equilibrada. Não sou adepta de mudanças radicais nem de “copiar rostos”. Inclusive, já perdi pacientes por não aceitar esse tipo de pedido.

 

 

MidiaNews – Na sua visão, a combinação entre redes sociais, filtros e a chamada “vida editada” dos influenciadores está formando uma geração que busca corrigir, na clínica, características humanas naturais? Quais são os principais riscos físicos e emocionais dessa distorção entre o real e o digital?

 

Natasha Crepaldi – Minha maior preocupação é com os adolescentes, que são nativos digitais, mas muitas vezes não compreendem essa distorção. Vemos isso claramente em queixas como o nariz “grande”, que na verdade só parece diferente em fotos muito próximas feitas pelo celular.

Victor Ostetti/MidiaNews

Natasha Crepaldi

"Existe uma busca externa constante por validação; esse desequilíbrio é preocupante"


Isso leva a procedimentos e cirurgias cada vez mais precoces. O risco está em cair nas mãos de profissionais despreparados e em criar expectativas irreais, gerando um ciclo infinito de insatisfação com a própria imagem. Além disso, existe uma busca externa constante por validação, quando muitas vezes o trabalho precisa ser interno: desenvolver autoestima, cultura, conteúdo, identidade. Esse desequilíbrio é preocupante.

 

MidiaNews – Doutora, sua clínica é conhecida por investir constantemente em novas tecnologias e equipamentos. Qual foi a inovação mais recente e que diferença ela traz, na prática, para os tratamentos?

 

Natasha Crepaldi – A grande novidade, que inclusive trouxe recentemente da Ásia, são as radiofrequências monopolares. O termo "radiofrequência" já é bastante conhecido, mas a monopolar representa uma forma totalmente inovadora de entrega dessa tecnologia. O Volnewmer — esse nome diferente mesmo, vindo da Coreia — é conhecido como o “ferro de passar” da pele. Ele consegue atingir uma temperatura exata, estudada e controlada, promovendo um espessamento saudável da pele. Isso estimula não apenas a produção de colágeno, mas também de ácido hialurônico e dos glicosaminoglicanos, que são responsáveis pela maciez, pelo viço e pelo glow da pele. O resultado é uma pele mais lisa e uniforme.


Gostei tanto da tecnologia que, em uma clínica que visitei na Ásia, ela estava presente apenas no andar mais premium. Trouxemos o Volnewmer e também o Tenterma, que é tão eficaz quanto, um pouco mais acessível e levemente mais sensível, mas igualmente excelente. São duas tecnologias que já fazem muito sucesso na clínica há mais de um ano. E o melhor: sem tempo de recuperação, o que é maravilhoso.

 

MidiaNews – Além do Volnewmer, quais tecnologias não invasivas ou minimamente invasivas despontam como tendência para 2026? Há algo realmente revolucionário?

Tenho a alegria de dizer que hoje já contamos com o que há de melhor

 

Natasha Crepaldi – Tenho a alegria de dizer que hoje já contamos com o que há de melhor. Um exemplo é o Virtus, uma tecnologia um pouco mais invasiva, pois trabalha com microfuros na pele. Ela é excelente para tratar a região dos olhos, especialmente a bolsa ocular, que é uma das áreas mais delicadas e mais exigidas do corpo, por ser a pele mais fina e a que mais se movimenta.


O Virtus é uma radiofrequência microagulhada, delicada e com ponteira específica para essa região. Outra grande novidade é o laser híbrido. Eu já gostava muito do laser de CO₂, uma tecnologia mais antiga, que passou por um verdadeiro rebranding ao ser associada ao laser de Érbio. Essa combinação reduziu bastante o tempo de recuperação e ainda melhorou os resultados. Hoje utilizamos esse laser para cicatrizes de acne, rejuvenescimento, área dos olhos e estrias. É uma tecnologia extremamente versátil e muito ativa na clínica.

 

MidiaNews – Recentemente, a senhora visitou a China. Qual foi o principal tendência que trouxe de lá para a sua clínica? Que diferenças chamaram mais a sua atenção?

 

Natasha Crepaldi – A China foi uma surpresa extremamente positiva. Confesso que fui com um certo receio, por ser um país muito diferente culturalmente. Durante muito tempo, eles foram bastante fechados em relação às técnicas, inovações e até às mídias sociais. Com essa abertura mais recente, tive acesso a uma técnica de rejuvenescimento desenvolvida e patenteada há mais de 20 anos, no centro de treinamento que visitei.


Os chineses acreditam que quanto mais tarde a pessoa fizer uma cirurgia plástica, melhor. Eles defendem que o corte cirúrgico altera o fluxo sanguíneo, o fluxo linfático e a vitalidade natural da pele. Por isso, investem fortemente em técnicas regenerativas, como reposicionamento e tratamento da gordura, além de tecnologias que retardam ao máximo a necessidade de um lifting facial.


Conheci a técnica da suspensão elástica, que reposiciona as estruturas do rosto de forma muito natural. Aprendi também a enxergar o rosto como um projeto individual. Cada pessoa tem uma anatomia, um padrão de envelhecimento e desejos diferentes. Essa visão personalizada foi um grande aprendizado. Além disso, fiquei encantada com a inovação e a modernidade que vi por lá.

 

 

MidiaNews – E houve alguma inovação tecnológica que ainda não é amplamente conhecida no Brasil?

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Natasha Crepaldi

"O que mais me chamou atenção foram as inteligências artificiais voltadas para avaliação facial"

Natasha Crepaldi – Sim. O que mais me chamou atenção foram as inteligências artificiais voltadas para avaliação facial. Estamos trazendo uma novidade nesse sentido: o Grupo Crepaldi vai inaugurar uma farmácia em breve, onde teremos uma inteligência artificial desenvolvida com base nos meus conhecimentos. Ela fará uma avaliação de pele e indicará os produtos mais adequados para cada perfil, atendendo pessoas que, muitas vezes, não conseguem ir até a clínica. Eu já conhecia algumas IAs para análise de pele, mas na China vi aplicações muito mais avançadas, o que trouxe muitas ideias para implementar aqui.

 

MidiaNews – Essa inteligência artificial será uma máquina, um robô? Como vai funcionar na prática?

 

Natasha Crepaldi – Será uma junção de tecnologia e avaliação automatizada. A pessoa fornece algumas informações e uma foto, que é analisada em 3D. A partir disso, a inteligência artificial avalia aspectos como vascularização, sensibilidade, pigmentação, rugas e linhas. Com esses dados, ela calcula inclusive a idade biológica da pele, que nem sempre corresponde à idade cronológica. Às vezes, a pessoa tem 40 anos, mas a pele apresenta características de 50 ou 60. É a tecnologia atuando como aliada do cuidado humano.

 

MidiaNews – A cosmética coreana é um fenômeno nas redes sociais e virou tendência mundial. A senhora testou vários produtos durante uma viagem recente ao país. Há, de fato, diferença entre os cosméticos coreanos e os brasileiros?

 

Natasha Crepaldi – Sim, realmente há diferenças. Na Coreia, é muito interessante ver o nível de investimento que o próprio governo faz em pesquisa e desenvolvimento de skincare. Existe, por exemplo, um prédio inteiro dedicado exclusivamente à pesquisa nessa área, onde as empresas recebem incentivo financeiro para desenvolver produtos dentro de laboratórios altamente equipados. Tudo acontece de forma muito dinâmica e rápida.


Além disso, o cuidado com a pele é cultural. Conversei com uma guia local que contou que crianças de dois anos já vão para a escola com nécessaire, usando protetor solar, sabonetes específicos e hidratantes. As marcas têm linhas organizadas por fases da vida — infância, adolescência, juventude e maturidade. Esse hábito começa muito cedo. Eles protegem muito a pele e evitam a exposição solar; é raro ver alguém descoberto ao sol. A busca por uma pele uniforme, sem manchas, faz parte da cultura há décadas, sustentada por muita pesquisa.

 

MidiaNews – Essa tradição sempre foi forte na Coreia ou veio de outros países asiáticos?

 

Natasha Crepaldi – Durante muito tempo, o Japão foi referência mundial em inovação em skincare. No entanto, a população japonesa envelheceu e hoje há menos jovens envolvidos com pesquisa e desenvolvimento. Esse protagonismo acabou sendo transferido para a Coreia do Sul. Atualmente, inclusive, muitos dos cremes mais vendidos no Japão são coreanos. A Coreia está realmente à frente nesse mercado.

 

MidiaNews – Quais produtos ou tecnologias chamaram mais a sua atenção por lá?

 

Natasha Crepaldi – Os protetores solares são extremamente inovadores. Há versões em adesivo, com efeito gelado, ideais para peles sensíveis, com melasma ou para uso em climas quentes, proporcionando aquele efeito “cooling”. Os tratamentos para manchas também são muito eficientes e menos agressivos.


Outro ponto são os antioxidantes. Enquanto aqui falamos muito em vitamina C, lá eles utilizam substâncias como glutationa, resveratrol e outros antioxidantes mais estáveis e potentes, já amplamente consagrados, mas ainda pouco disponíveis no Brasil. É nítido que eles estão alguns passos à frente nesse sentido.

 

 

MidiaNews – Andando pelas ruas, é possível perceber essa cultura do cuidado com a pele?

 

Natasha Crepaldi – Com certeza. É raro ver alguém com a pele maltratada. Em uma loja da Apple, por exemplo, percebi que um vendedor usava filtro solar com cor ou base. Quando comentei, ele contou que teve acne e que já fazia tratamentos estéticos desde a adolescência. Estamos falando de um jovem de 18 anos com hábitos consolidados de cuidado com a pele. Os orientais têm tendência a poros mais dilatados e manchas, então começam cedo com produtos para controle de oleosidade, tratamento de poros e uso rigoroso de protetor solar.

 

MidiaNews – E nesse caso era um homem. Os homens também cuidam bastante da pele na Coreia?

 

Os orientais têm tendência a poros mais dilatados e manchas, então começam cedo com produtos para controle de oleosidade

Natasha Crepaldi – Sim, e isso é muito interessante. As marcas utilizam cada vez mais modelos masculinos em campanhas de skincare. As lojas têm setores amplos dedicados exclusivamente ao público masculino, tanto de cuidados com a pele quanto de maquiagem. Além disso, há muitos influenciadores homens focados em skincare, o que ajuda a normalizar esse cuidado.

 

MidiaNews – Uma das tendências mais comentadas no mundo da estética é o uso do PDRN, popularmente conhecido como “esperma de salmão”. Como esse produto funciona e por que ele ganhou tanta atenção?

 

Natasha Crepaldi – O PDRN também é uma tendência que veio da Coreia. Ele tem um grande potencial anti-inflamatório, hidratante e regenerador, que é o seu principal diferencial. No entanto, no Brasil, ainda não existe PDRN aprovado para uso injetável, o que gerou certa confusão no passado. Alguns profissionais passaram a injetar produtos tópicos, o que acabou causando complicações. Felizmente, o mercado se autorregulou.


Hoje, utilizamos o PDRN principalmente como “drug delivery”, ou seja, como um ativo aplicado após procedimentos que geram microlesões na pele, como laser ablativo, CO₂ ou microagulhamento. Ele acelera a recuperação, melhora a qualidade da pele e reduz inflamações, proporcionando resultados mais rápidos e visíveis.

 

MidiaNews – Há outros usos do PDRN além dos procedimentos em clínica?

 

Natasha Crepaldi – Sim. Um uso muito interessante são os cremes com microespículas, que também surgiram na Coreia e já chegaram ao Brasil. Essas microespículas funcionam como microagulhas que promovem uma leve esfoliação e facilitam a penetração dos ativos. O PDRN presente nesses produtos ajuda na regeneração, evitando irritação excessiva e melhorando significativamente o resultado final.

 

MidiaNews – Na sua avaliação, o PDRN é uma tendência que veio para ficar ou apenas mais um modismo? E, caso o uso injetável seja liberado no Brasil, você pretende adotá-lo na clínica?

 

Natasha Crepaldi – Acredito que seja uma tendência duradoura, desde que usada com o alinhamento correto de expectativas. O PDRN tem, sim, efeitos anti-inflamatórios, regeneradores e hidratantes, mas não é um grande rejuvenescedor isolado, como muitas pessoas imaginam. Ele não substitui preenchedores nem procedimentos estruturais.


Na clínica, já utilizamos o DNA de salmão em praticamente todos os procedimentos que causam lesão na pele, sempre no pós, tanto em solução quanto em gel, funcionando até como uma máscara regeneradora. Isso potencializa muito os resultados.


Inclusive, essa tecnologia está evoluindo. Na Coreia, já se utiliza o PN, uma molécula ainda menor, que penetra melhor e apresenta resultados superiores. Portanto, não vejo como um “hype passageiro”, mas sim como uma ferramenta eficaz, desde que cada tecnologia seja usada no seu devido lugar.

 

 

MidiaNews – O termo “lifting” hoje vai muito além da cirurgia plástica. Quais procedimentos minimamente invasivos para firmeza e sustentação da pele estão mais em evidência atualmente?

 

A verdadeira arte do profissional está em identificar qual camada precisa de mais atenção em cada paciente.

Natasha Crepaldi – Hoje, o grande destaque é a combinação de tecnologias. O envelhecimento não acontece em uma única camada. Há reabsorção óssea, envelhecimento muscular e ligamentar, deslocamento dos compartimentos de gordura e, por fim, alterações na pele, como perda de viço e textura.


Não é possível tratar tudo isso apenas com preenchimento. Isso gera rostos inchados e artificiais. A verdadeira arte do profissional está em identificar qual camada precisa de mais atenção em cada paciente.


Na clínica, temos um protocolo chamado “total lifting”, que trata todas as camadas: começamos pela sustentação profunda (SMAS), seguimos para a camada intermediária com tecnologias como o Virtus, depois trabalhamos a superfície com o Volnewmer e finalizamos com tratamentos para poros e manchas. O resultado é natural, com recuperação rápida.


Para mulheres mais maduras, a suspensão elástica se tornou uma grande tendência, promovendo reposicionamento facial com recuperação em poucos dias.

 

MidiaNews – E qual é a durabilidade dos fios de sustentação utilizados hoje?

 

Natasha Crepaldi – Eu já não trabalho mais com fios de PDO, pois são traumáticos e têm baixa durabilidade, cerca de seis meses. Hoje utilizo o fio Actus, que dura até dois anos e ainda estimula colágeno, pois é composto por bioestimuladores como ácido polilático, L-lático e ácido hialurônico.


Também utilizo a suspensão elástica, que não é um fio, mas um dispositivo móvel, capaz de promover um lifting duradouro de até cinco anos. Considerando o trauma do procedimento, a durabilidade precisa ser compatível com o investimento feito pelo paciente.

 

MidiaNews – Os bioestimuladores de colágeno viraram uma febre. Para quais pacientes e áreas eles são realmente indicados? Existe risco de deixar o rosto arredondado?

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Natasha Crepaldi

"O uso indiscriminado levou a muitos rostos inchados e sem possibilidade de reversão"

Natasha Crepaldi – Sim, e esse é um ponto crítico. O uso indiscriminado levou a muitos rostos inchados e sem possibilidade de reversão. No rosto, trabalhamos os bioestimuladores preferencialmente em áreas posteriores aos ligamentos de sustentação, onde há efeito lifting.


Quando aplicados anteriormente, eles aumentam o volume e deixam o rosto arredondado. Essa região só deve ser tratada em casos muito específicos, como rostos extremamente emagrecidos, pacientes com doenças ou com grande perda de colágeno por cicatrizes de acne.


Já no corpo, os bioestimuladores fazem muita diferença. Em áreas grandes como glúteos e abdômen, utilizamos produtos como Sculptra, Eleva e Radiesse, muitas vezes associados a tecnologias como o Virtus. Não existe receita de bolo.

 

MidiaNews – O laser de CO₂ ganhou notoriedade, mas também há relatos de complicações. Quais são os benefícios e os riscos desse método? Você é favorável ao uso?

 

Natasha Crepaldi – Sou uma grande defensora do laser de CO₂, mas apenas em mãos experientes. Trabalho com essa tecnologia há mais de 15 anos e recentemente adquiri o laser híbrido, que associa CO₂ e Érbio.
É um dos lasers mais potentes para regeneração da pele, mas exige profundo conhecimento sobre fototipos, parâmetros e áreas do rosto. O problema é a banalização. Já vimos isso com peelings profundos e agora com o CO₂. Quando todo mundo passa a fazer sem critério, surgem os problemas. A estética exige responsabilidade.

 

MidiaNews – O microagulhamento já foi tendência após ser popularizado por celebridades. Qual é sua avaliação hoje? Ainda tem espaço ou está ultrapassado?

 

Natasha Crepaldi – Considero ultrapassado. O microagulhamento manual não permite controle preciso de profundidade, energia ou espaçamento das perfurações. Além disso, há o desgaste das agulhas, que aumenta dor e risco.
Hoje temos tecnologias que permitem controle absoluto desses parâmetros, com mais segurança e melhores resultados. Não vejo sentido em usar métodos menos precisos quando temos alternativas modernas.

 

 

MidiaNews – Quando um paciente se queixa de flacidez, como você decide entre laser, radiofrequência microfocada ou fios de sustentação?

 

Natasha Crepaldi – Avalio vários fatores: idade, grau de flacidez, cor da pele, rotina, expectativa de recuperação e durabilidade. Em pacientes mais jovens, priorizo tecnologias menos invasivas, como ultrassom e radiofrequência.


Após os 40 ou 45 anos, sabemos que todas as camadas já estão envelhecidas, então é necessário associar tratamentos. Também considero o estilo de vida da paciente, exposição solar e disponibilidade para pós-procedimento.


Com a experiência e um parque tecnológico amplo, consigo escolher o melhor tratamento para cada perfil. Hoje, temos um verdadeiro ecossistema de beleza, com opções acessíveis e avançadas, o que era um grande sonho profissional que se concretizou.

 

 

 

 

 

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