LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Complexo Poliesportivo Aecim Tocantins foi interditado, na manhã desta terça-feira (5), por determinação do Corpo de Bombeiros, após uma vistoria no local apontar a existência de irregularidades técnicas que comprometem o funcionamento do local.
O ginásio, que será palco do show do cantor Roberto Carlos, na noite do próximo sábado (9), já começou a ser preparado para o evento.
O show, porém, poderá ser cancelado, segundo o responsável pela comunicação da corporação, tenente Janisley Teodoro da Silva.

"A liberação do espaço está pautada na regularização dos itens apontados na vistoria ou por uma medida judicial que obrigue o Corpo de Bombeiros a liberar o local"
Ao
MidiaNews, ele afirmou que o evento está mantido, desde que os responsáveis pelo local “se adequem às exigências da lei”.
“A liberação do espaço está pautada na regularização dos itens apontados na vistoria ou por uma medida judicial que obrigue o Corpo de Bombeiros a liberar o local”, afirmou.
Show nacional
Segundo o secretário-adjunto de Políticas Especiais na Secretaria Estadual de Esportes e Lazer de Mato Grosso (Seel/MT), Wellington Bezerra, a interdição durou cerca de quatro horas e “tudo já foi resolvido”, tendo, inclusive, a placa de interdição sido retirada das portas da secretaria.
Ele afirmou que ninguém precisou sair do local em razão da interdição e que “não há uma situação que realmente coloque em perigo a segurança do ginásio”.
“Do ponto de vista estrutural, o Aecim tem todas as condições necessárias para funcionar. Não há comprometimento de segurança estrutural, mas sim dos quesitos técnicos, que são as sinalizações das saídas de emergência, colocação de extintores de combate a incêndio, esses equipamentos preventivos necessários”, disse.
Bezerra não soube dizer se a vistoria foi motivada pela realização do show nacional.
“Não sabemos se foi por causa do show, porque até então estava tendo competições normalmente. Se você me perguntar se o Aecim é seguro, eu não tenho capacidade técnica para opinar. Isso quem deve dizer são os órgãos que têm por obrigação elaborar os laudos técnicos. Mas para mim, analisando a olho nu, dentro do senso comum, é seguro”, afirmou.
TAC
Pedro Alves/MidiaNews
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Secretário-adjunto, Wellington Bezerra: falhas não comprometem a segurança do complexo
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Falhas na segurança do local já haviam sido apontadas pelos Bombeiros em vistorias anteriores.
Em março de 2012, a Superintendência do Complexo Esportivo assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se comprometia a cumprir com uma série de medidas de segurança contra incêndio exigidas pela corporação para funcionamento do local.
Na época, o então superintendente do compleco, Joubert Brito de Lima, afirmou que todas as exigências foram cumpridas e que aguardavam uma nova vistoria a ser feita pelos bombeiros.
“A segurança, segundo o parecer do Corpo de Bombeiros, não está comprometida. Senão eles teriam interditado, lacrado tudo. Eles deram um prazo dilatado, no TAC, porque não era nada comprometedor”, afirmou, na ocasião.
O ginásio
Inaugurado em 2007, o ginásio foi construído pela empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda., no bairro Verdão, e custou aos cofres públicos aproximadamente R$ 26 milhões.
No ano passado, um relatório elaborado e enviado à Secretaria de Estado de Esportes e Lazer, ao qual o
MidiaNews teve acesso, destacava problemas “ainda sem solução sob responsabilidade da Empresa Lotufo” que, caso "não fossem urgentemente reparados, poderiam comprometer a sede de novos eventos".
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