A empresária Elaine Stelatto Marques, de 45 anos, morreu no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, no dia 19 de outubro após se afogar durante um passeio de lancha.
A vítima passeava na companhia de um servidor público. Eles haviam se conhecido havia pouco tempo pelas redes sociais e combinado o passeio.
Elaine deixou dois filhos ainda crianças e tinha em seu nome uma empresa de venda de calçados no varejo na Capital.
Divergências de versões
Após a morte, o servidor que estava com Elaine apresentou à Polícia uma versão sobre o caso. Segundo ele, em certo momento a embarcação começou a apresentar problemas no motor e um guincho foi acionado para retirar o barco da água.
Enquanto esperava o problema ser resolvido, a empresária teria, segundo sua versão, decidido tomar banho no lago com o barco ainda em movimento. Elaine teria amarrado uma corda em sua cintura e pulou no lago, mas acabou se afogando com as ondas geradas pela embarcação, que era puxada por outro barco.
Amigos e familiares da empresária, porém, começaram a desconfiar da versão contada pelo servidor de que ela teria se afogado durante o passeio. Ao MidiaNews, alguns amigos dela mostraram desconfiança de que teria sido um acidente.
"Havia marcas suspeitas no corpo dela, como no rosto e na região do pescoço. Ao que consta, o homem que estava com ela sumiu do mapa. Isso está muito estranho e aguardamos uma posição das autoridades", disse um amigo, que pediu para não se identificar.
Outra amiga disse que duvidou, desde o início, da versão. "Não acredito que ela iria amarrar uma corda na cintura, coisa extremamente arriscada e que poderia gerar um acidente. Ela era muito responsável e esperta, tinha dois filhos pequenos para criar", disse.
Perícia
Em meados de novembro, a Polícia Civil realizou uma reconstituição da morte da empresária. Os investigadores optaram por realizar a reconstituição após notarem divergências entre as oitivas e o laudo da perícia.
Por meio de uma nota, o delegado do caso, Marlon Luz, da Delegacia de Chapada dos Guimarães, afirmou que "os fatos narrados nas versões apresentadas até o momento não foram compatíveis com o laudo de necrópsia".
Ainda conforme o delegado, na reconstituição foram utilizadas as mesmas embarcações do dia dos fatos e com a participação de uma bombeiro militar, que representou a vítima no momento do possível afogamento.
Marlon Luz explicou que a reconstituição buscou esclarecer algumas dúvidas que ainda não tinham respostas, porém ainda é necessário alguns laudos periciais para constatar todas as circunstâncias do que de fato ocorreu no local.
“Embora a perícia técnica já tenha fornecido alguns laudos sobre a morte da vítima, os que estão pendentes são essenciais para esclarecimento do ocorrido”, disse o delegado à época.
Além da Polícia Civil, participaram da reconstituição equipes do Corpo de Bombeiros e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Até o presente momento, não há informações sobre o paradeiro do servidor.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
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