Cuiabá, Domingo, 5 de Outubro de 2025
TARIFA DA DISCÓRDIA
06.05.2009 | 17h03 Tamanho do texto A- A+

Fiemt e entidades do comércio desaprovam aumento

Entidades afirmam que momento é de crise e aumento vem na contramão

BRUNO GARCIA
DA REDAÇÃO

Entidades do segmento empresarial de Cuiabá se manifestaram, nesta quarta-feira (6), contra a decisão do Conselho Municipal de Transportes de aprovar um reajuste da passagem de ônibus coletivo, num teto máximo de R$ 2,43. Hoje, a tarifa está em R$ 2,05 e, conforme MidiaNews antecipou, a previsão é de que o prefeito Wilson Santos (PSDB) autorize, por meio de decreto, um aumento para R$ 2,30.

Entre as instituições que reprovam a elevação da tarifa de coletivo estão a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT), Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/MT), Federação das Indústrias (FIEMT), Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá e Associação Comercial da Capital.

As entidades encaminharam um documento ao prefeito Wilson Santos, mostrando os impactos que os diferentes setores do comércio na capital mato-grossense sofrerão com o aumento, atentando para o momento de crise econômica anunciada mundialmente. "Manifestamos total desaprovação a qualquer aumento da tarifa do transporte coletivo de Cuiabá, requerendo que se digne refutar o aumento aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte, mantendo, no máximo, o valor atual da tarifa, por ser prudente e justo", afirma requerimento encaminhado ao Palácio Alencastro na terça-feira (5).

No documento, as entidades informam ao prefeito que foram "surpreendidas" com o anúncio da aprovação do Conselho Municipal de Transporte ao aumento de 18% na tarifa do transporte coletivo de Cuiabá. "A crise que assola o mundo (...) não recomenda qualquer aumento no custo das empresas do comércio, da indústria e de serviços, bem como os servidores públicos e, sobretudo, no custo diário do cidadão comum usuário do transporte coletivo", destaca nota.

O manifesto ainda aponta que a tarifa praticada no transporte coletivo hoje (de R$ 2,05) já estaria acima da média nacional. Por isso, seria sacrificante aos comerciantes enfrentarem o aumento dessas passagens e só beneficiaria as empresas do transporte coletivo. "Este é um momento que exige sacrifício de todos, incluindo-se também as empresas de transportes coletivos, mas e principalmente dos poderes públicos. As empresas do comércio, da indústria e de serviços já estão fazendo sua parte, mantendo empregos e reduzindo custos para não fecharem suas portas", diz o requerimento.

Os empresários ainda reforçam no documento que poderes públicos não dão sinais de ajustamento à atual realidade, que é de dificuldade financeira. "Este é o momento de rever conceitos, metas e projetos e procurar ajustar-se à realidade para, juntos, Poder Público e sociedade, vencermos as dificuldades que com certeza não serão duradoras, e uma forma de ajustamento seria a desoneração da carga tributária municipal e estadual que incide sobre a planilha de custos das tarifas, evitando assim, majorá-las", completa a nota.

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